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Avião com 64 pessoas e helicóptero militar colidem no ar

30/01/2025 - 07h18min

Equipes de resgate trabalham após choque entre helicóptero e avião na região de Washington

Um avião da American Airlines, com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiu na noite de quarta-feira, 29, com um helicóptero militar com três soldados enquanto se aproximava do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, D.C.

O acidente provocou uma grande operação de busca e resgate no rio Potomac, aonde partes das aeronaves caíram. As autoridades confirmaram múltiplas mortes, mas ainda não divulgaram o número exato de vítimas, segundo a AP News.

Ainda não se sabe o que causou a colisão. O tráfego aéreo no aeroporto foi suspenso enquanto equipes de resgate buscavam possíveis sobreviventes. Mergulhadores e helicópteros de diferentes agências de segurança participaram da operação.

“Ainda estamos em fase de recuperação dos nossos cidadãos”, afirmou a prefeita de Washington, Muriel Bowser, em uma coletiva de imprensa na manhã de quinta. Ela não revelou quantos corpos já haviam sido resgatados.

O presidente Donald Trump disse que foi informado sobre o acidente e declarou: “Que Deus abençoe suas almas.”

Federal Aviation Administration (FAA), agência que regula a aviação nos EUA, informou que o acidente ocorreu pouco antes das 21h (horário da Costa Leste). O avião, um Bombardier CRJ-701 fabricado em 2004 e com capacidade para até 70 passageiros, havia decolado de Wichita, no Kansas.

O voo 5342 da American Airlines estava a aproximadamente 400 pés (cerca de 120 metros) de altitude e a 140 milhas por hora (225 km/h) quando perdeu altura rapidamente sobre o rio Potomac. O transponder da aeronave parou de transmitir cerca de 2.400 pés antes da pista de pouso.

Minutos antes da colisão, a torre de controle pediu que os pilotos do jato mudassem a aproximação para a pista 33 do aeroporto. Segundo registros de áudio, um controlador de tráfego aéreo questionou se o helicóptero via a aeronave comercial se aproximando e instruiu: “PAT 25, passe atrás do CRJ.” Segundos depois, os dois veículos colidiram.

A FAA informou que pelo menos 300 socorristas foram mobilizados para as buscas, com barcos e refletores iluminando o local do impacto. O chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donnelly, classificou a operação como “altamente complexa” devido às condições adversas da água e do vento.

O CEO da American Airlines, Robert Isom, expressou pesar pelo acidente e garantiu que a companhia está priorizando o apoio aos passageiros, familiares e equipes de resgate.

O Departamento de Defesa e a FAA abriram investigações para entender as circunstâncias da colisão. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que as Forças Armadas já iniciaram uma apuração interna. O recém-nomeado secretário de Transportes, Sean Duffy, garantiu que sua equipe fornecerá todos os recursos necessários.

Quem estava a bordo do avião

Um grupo de patinadores artísticos, seus treinadores e familiares estavam a bordo do voo 5342 da American Airlines, informou a Federação de Patinação Artística dos Estados Unidos.

“A U.S. Figure Skating pode confirmar que vários membros da nossa comunidade de patinação estavam infelizmente a bordo do voo 5342 da American Airlines, que colidiu com um helicóptero ontem à noite em Washington, D.C.”, disse a organização em um comunicado publicado pela imprensa local, segundo a agência de notícias EFE.

Esses atletas, treinadores e familiares retornavam do Acampamento Nacional de Desenvolvimento, realizado em conjunto com o Campeonato de Patinação Artística dos EUA, em Wichita, Kansas.

“Estamos devastados por esta tragédia indescritível e guardamos as famílias das vítimas muito perto de nossos corações. Continuaremos monitorando a situação e divulgaremos mais informações assim que estiverem disponíveis”, completou a nota.

Histórico de acidentes na região

O aeroporto de Reagan National, localizado às margens do Potomac, é conhecido por sua proximidade com o centro de Washington, o que torna seu espaço aéreo um dos mais monitorados do mundo.

A colisão remete ao acidente de 1982, quando um avião da Air Florida caiu no rio Potomac após a decolagem, matando 78 pessoas. Esse desastre foi causado por más condições meteorológicas, ao contrário da noite do acidente desta quarta-feira, que registrava temperatura amena de 15°C, embora com rajadas de vento de até 40 km/h.

A última tragédia envolvendo uma companhia aérea dos EUA ocorreu em 2009, quando um Bombardier DHC-8 caiu próximo a Buffalo, Nova York, matando 50 pessoas.

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