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Bovespa desaba e dólar dispara em meio à tensão por coronavírus e petróleo
São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo vive um dia de tensão extrema nesta segunda-feira, 9. O principal índice de ações negociado pela Bovespa teve queda de 10% no começo do pregão, o que causou a interrupção dos negócios, o chamado “circuit breaker”. O dólar também disparou, chegando a ser cotado a quase R$ 4,80.
A última vez que isto tinha ocorrido foi em 18 de maio de 2017, na esteira da denúncia de áudios envolvendo o empresário Joesley Batista e o então presidente da República, Michel Temer.
Não apenas a epidemia de coronavírus preocupa os investidores, mas também a derrubada do preço do petróleo, feita de forma artificial pela Arábia Saudita, principal exportador mundial da commodity. O corte foi o maior em 20 anos, provocando a maior queda diária do preço do barril desde a Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991. O tipo Brent chegou a cair 31%.
A ação da Arábia Saudita ocorre após o fracasso das negociações entre a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e a Rússia. O país se opôs a ideia da organização de cortar mais profundamente os preços, com o objetivo de estabilizar a produção em meio ao coronavírus, que, por sua vez, causa também desaceleração da economia global.