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Cometa Verde é capturado sobre Nova Petrópolis

03/03/2023 - 09h48min

Atualizada em 03/03/2023 - 10h00min

Guilherme usa câmeras e telescópio para fotografar o céu noturno (Créd.: Dário Gonçalves)

Nova Petrópolis – O astrofotógrafo Guilherme Drumm Warpechowski, de 18 anos, conseguiu capturar o Cometa C/2022 E3 (ZTF) na noite do dia 10 de fevereiro. Conhecido popularmente como “Cometa Verde”, o astro luminoso foi registrado quando formava uma conjunção com Marte, ou seja, visto do planeta Terra, ambos estavam próximos. “Na realidade, eles estavam muito distantes, com nenhum risco de colisão, mas do nosso ângulo foi possível vê-los próximos, assim como o Cinturão de Orion, que é conhecido como As Três Marias”, explica o fotógrafo.

Estima-se que o “Cometa Verde” passou a uma distância observável da Terra pela última vez há cerca de 50 mil anos. Mas, conforme Guilherme, é um erro dizer que ele é visto a cada 50 mil anos. “Pela influência gravitacional que sofreu dos planetas do Sistema Solar, ele teve sua órbita alterada e pode nunca mais passar por aqui novamente. Caso passe, será apenas daqui a 1 milhão de anos”, afirma.

Cometa foi capturado em conjunção com o planeta Marte (Créd.: Guilherme Drumm)

Ele explica também que chamar o C/2022 E3 de “Cometa Verde” não faz muito sentido, pois a grande maioria destes objetos espaciais possuem essa coloração. A coloração esverdeada aparece quando os cometas passam próximos ao Sol e a grande quantidade de gelo, água e gases presente neles passam por um derretimento maior.

Visualização

Muito divulgou-se que o cometa poderia ser visto a olho nu, no entanto isso não foi possível devido a estarmos no hemisfério Sul. Dessa forma, na maior parte da noite, o cometa estava em regiões além do horizonte, e quando estava em local “visível”, o olho humano não o alcançava. Guilherme conseguiu registrar com sua câmera Canon 60D e uma lente 200mm, que alcança um zoom superior a 11 vezes. “Não foi possível observá-lo a olho nu, nem mesmo quando passou em seu ponto mais perto da Terra, entre os dias 1º e 2 de fevereiro”, comenta.

Guilherme com seus equipamentos (Créd.: Dário Gonçalves

Na imagem, Marte é vista à direita e o Cometa e suas duas caudas à esquerda. Uma cauda de poeira (mais clara e nítida) e a cauda iónica (mais fina e tênue). A foto com mais detalhes e outros trabalhos de Guilherme podem ser conferidos em instagram.com/astro_guii.

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