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Paulets, de Dois Irmãos, conta sua história de superação
Por Geison Machado Concencia
Dois Irmãos – Paulets Lauxen. Até alguns anos atrás não se falava em Consórcio Herval sem falar do Paulets, o Paulo Lauxen, muito conhecido na cidade. Paulo Lauxen era gerente das Lojas Herval e, devido ao seu carisma e popularidade, foi chamado pela direção para assumir um novo negócio do grupo, que era no ramo de consórcios. Muita coisa mudou de lá para cá, e hoje a HS Consórcios é uma das maiores marcas dentre tantas que integram o Grupo Herval, com valores que chegam a 8 bilhões de reais por ano e uma das maiores empresas de consórcios do Brasil. Mas tudo começou com Paulets. Ele e mais quatro nomes: Paulo Tavares, Andreas Arnold, Carlos André “Montanha” Frohlich e Paulo Renato Frohlich. Eles foram os precursores desse negócio do Grupo Herval.
E se não dá para falar do antigo Consórcio Herval sem falar de Paulets, não dá para falar do Paulets sem falar em consórcio. Hoje a marca mudou para HS Consórcio e o Paulets saiu da administração da empresa devido a problemas de saúde e abriu a Paulets Consórcios, que é uma corretora autorizada que atua junto à HS. Lauxen teve um problema cardíaco e como sequela perdeu completamente a memória.
Hoje, ele costuma dizer que recuperou 60% da memória. “As vezes não reconheço as pessoas, mas fico feliz quando elas me reconhecem,” destaca.
COMEÇO PEQUENO
Paulets, Tavares, Paulo Renato, Montanha e Andreas Arnold, esta foi a primeira escalação do time vencedor da Consórcio Herval, que começou em uma sala que tinha nos fundos da loja Herval (atual taQi), onde estavam sendo depositados máquinas de escrever. “Eu na época era motorista de carro forte e minha esposa trabalhava na Herval, junto com a Jaqueline, irmã do Paulets, ela que pediu para ele me convidar para vender consórcio, eu era motorista de carro forte”. Andreas lembra que o início não foi fácil: “No início só tinha consórcio de eletro, ‘home theater’ e moto (carro de entrada), fazia frente de fábrica, festa de igreja, onde tinha um evento nós ia”.
PAULETS CONTA COMO TUDO COMEÇOU
Tudo começou em uma conversa entre Agnelo Seger (presidente do grupo) e Paulets. O serviço de consórcio era prestado por uma empresa de São Paulo, a parceria foi rompida e Paulets foi chamado para assumir o novo segmento, devido a popularidade do até então gerente das lojas Herval. “ O Agnelo acreditava que o consórcio seria o futuro e precisava investir nessa área. Coube a mim dar o pontapé inicial neste novo segmento”, conta Paulets, filho da Lucilda Lauxen, que já foi tema de reportagem do caderno na emancipação do ano anterior.
O início não foi fácil, o produto não era popular, mas o esforço e a dedicação da equipe fez com que as dificuldades ficassem para trás. Eles começaram vendendo em porta de fábricas, em igrejas e festas. No início vendiam aos amigos e muitos deles aceitavam não por interesse, mas para ajudá-los.
OS GRANDES DESAFIOS
Se não dá para falar em HS Consórcios sem falar em Paulets, atualmente um dos nomes que não se pode esquecer quando o assunto é consórcio é: Paulo Tavares, atual gerente comercial e que está na empresa desde o início. Tavares relembra com carinho da história do consórcio e o começo seu, através do convite de Paulets. Ele lembra que trabalhava na Calçados Henrich, mas seu sonho era ser vendedor das Lojas Herval. Então, aos 21 anos resolveu sair do emprego e falar com Paulets para trabalhar na taQi, mas ele não trabalhava mais lá. Então, fui até a casa do meu grande mentor pedir emprego e ele estava assistindo um jogo da Copa do Mundo. “O Paulets disse o seguinte: ‘você tem duas opções, eu te apresento o novo gerente da Herval ou tu vem trabalhar em consórcio comigo’”, relembra Tavares. Ao ser indagado porque queria trabalhar com Paulets, Tavares responde: “Ele tinha um grande conhecimento em vendas. Eu queria ser vendedor e o Paulets era o melhor que eu conhecia,” elogia. Mas nem por isso vender essa nova ideia foi fácil. “Ninguém conhecia, não havia uma cultura dos consumidores locais de adquirir cartas de crédito como investimento”, comentou Paulets. Já Tavares lembra de uma passagem engraçada: “Participamos de um curso de consórcios e tinha um cara que falava um negócio de 30%, quando perguntei ao Paulets o que era, ele disse ‘não importa, o negócio é vender, isso a gente descobre depois’”.
E como falar da vida de Paulets é falar do consórcio, ele lembra que o grupo de vendedores fazia muitas feiras para divulgar seu material, criando um método próprio de atrair o olhar dos consumidores. “Apresentavam motos para as pessoas e diziam que por R$ 100,00 por mês o cliente poderia adquirir”. Por fim, os entrevistados lembram que a HS Consórcios, que começou com quatro vendedores e apenas uma Saveiro, conseguiu não apenas superar as dificuldades, como se tornar uma das maiores marcas do segmento no Brasil.
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