Projeto Almofada do Coração ajuda mulheres com câncer de mama em Morro Reuter

 

Por Hermes Reich

 

Grupo de voluntárias do CRAS confecciona o produto que auxilia na recuperação do tratamento da doença

 

As almofadas do coração que as voluntárias (cerca de 10 mulheres) estão produzindo no Centro de Referência de Assistência Social, é mais que um exemplo de solidariedade, significa também a diminuição da dor de mulheres que passaram por uma cirurgia de câncer de mama.

“A almofada traz conforto porque proporciona o alívio da dor, reduz o inchaço linfático, diminui a tensão nos ombros, além de reduzir a pressão do cinto de segurança”, explica a coordenadora do CRAS de Morro Reuter, Ivete Grade que também já foi prefeita de Estância Velha, por isso sabe da importância do programa na vida das pessoas. ”O CRAS abriu as portas e as voluntárias abraçaram esse importante projeto.”

 

O Projeto

O Projeto Almofada do Coração surgiu nos Estados Unidos e propagado pela especialista em câncer de mama, Janet Kramer Mai. A iniciativa de criar um produto em formato de coração para aliviar os efeitos pós-cirúrgico, como dor e dormência do braço, ganhou grande adesão até chegar ao Brasil em 2010.

Na cidade da Lavanda, o projeto piloto iniciou nesse ano e busca promover bem-estar e acolhimento para mulheres que passam pela doença. Todo o material ( fibra de algodão, fibra antialérgica e tecido de algodão) utilizado na fabricação das almofadas é através de doações.

 

Trabalho voluntário, amor e gratificação

O programa voluntário do CRAS às mulheres com câncer em Morro Reuter, além de fazer a diferença na vida das pacientes também provoca mudanças na vida de quem doa seu trabalho.

Para a voluntária Marilia Alles, prestar  trabalho voluntário é muito gratificante. “É um tempo tão pequeno da nossa vida que a gente tira para fazer o bem a outras pessoas. Não dá nem para explicar a satisfação que é. Tudo é feito com muito amor.”

Ajudar os outros é bom, ainda mais se o trabalho for feito em grupo, destaca Marieta Klein. “É muito gratificante estar com as colegas trabalhando para quem necessita. Eu só tenho a agradecer.”

”Já a Ivanilde Valéria Burnier, fica feliz em poder ajudar os outros. “O pouco que eu posso ajudar já me sinto muito feliz. Espero que as pessoas que irão receber essas almofadas se curem. Com muita fé em Deus tudo vai dar certo!”

 

 

Desistir jamais!

Enquanto prefeita, Ivete Grade também teve de enfrentar um câncer de intestino e, segundo ela, foi bem complicado. “Só a palavra câncer já assusta as pessoas, mas o mais importante é não se entregar e reagir. No meu caso, eu optei por reagir.”

A vontade de viver e a solidariedade dão mais força na luta contra a doença. “É isso que eu quero deixar de exemplo para as mulheres. Que elas possam reagir, porque uma mulher ajuda a outra. Essa é a grande missão de todas a mulheres que são pacientes”, completa Ivete.