Representando toda a nação, Marlei Willers é a melhor brasileira e segunda colocada da 27ª Maratona Internacional de São Paulo

Por Cleiton Zimer

São Paulo / Morro Reuter – Em nível nacional, a corredora Marlei Willers está cada vez mais representando toda a nação. Preta, que completou seus 45 anos no dia 28 de março, conquistou o segundo lugar na 27ª Maratona Internacional de São Paulo que aconteceu no último domingo (2) – em sua primeira participação na competição. Além disso, um feito ainda maior: se destacou como sendo a melhor brasileira – o que já não acontecia há muito tempo.

Ela concluiu os 42km em 2h46min50s. A campeã foi a etíope Yadeni Alemayehu – que terminou o percurso em 2h34min48s.

Já no masculino o vencedor foi o queniano Vestus Cheboi Chemjor, fazendo os 42 km em 2h15min20s, em sua primeira participação. Giovani dos Santos ficou em quarto lugar com 2h23min16s.

A prova contou com cerca de 16 mil inscritos de todas as regiões do Brasil e, também, do exterior, atraindo atletas de altíssimo nível que iam em busca do recorde que garantia uma premiação maior.

A corredora que, há seis anos começou a praticar o esporte para se divertir, certamente nunca pensou que chegaria neste nível. Preta lembra que, ao chegar nos últimos quilômetros, ouviu a multidão gritando seu nome, desejando forças com ‘vai Brasil’. “Foi muito emocionante, foi uma sensação diferente de que eu vinha passando até agora.”

Preta veio do Sul, levando consigo o clima ameno que contribuiu para uma boa prova. “Até o km 30 foi mais fácil administrar. Eu sabia que os últimos 10 seriam mais difíceis, pois têm viadutos, tuneis, e é mais difícil respirar. Senti bastante, caiu meu ritmo ali, mas consegui manter a média. Percebi no km 28 que me aproximei da menina da Etiópia, então mantive o ritmo e passei por ela no km 32 e foi quando eu consegui me manter na segunda colocação”, contou.

Superação e confiança

Marlei destacou que toda prova traz reflexões a aprendizados. “E essa veio para reforçar mais ainda que é preciso acreditar que pode alcançar, que as coisas podem ser possíveis; e segundo, além de acreditar tem que ir lá e fazer. E foi o que fiz. Porquê se eu fosse olhar a superioridade das meninas, que são atletas profissionais, com metade da minha idade e que vieram de outro país, patrocinadas e pagas, para bater um recorde que é quase 18 minutos a menos do que eu faço, imagina se eu fosse entrar na pressão”, disse, afirmando que largou consciente, dentro da sua realidade, fazendo o treinou nos últimos meses.

Preta agradeceu todo o apoio que recebe de sua equipe, desde o treinador Julio Pauletti, demais profissionais e patrocinadores. Agora, está se preparando para o próximo desafio que será a Maratona Internacional de Porto Alegre, que será no dia 4 de junho.