Conecte-se conosco

Estado - País - Mundo

Segundo criminoso suspeito de participar do latrocínio de Pingo em Dois Irmãos é preso

27/06/2022 - 16h36min

Atualizada em 27/06/2022 - 23h23min

Ricardo Utzig, o Pingo, foi morto na noite de 8 de abril, entre a casa e a peixaria no bairro União (Créd. Volmir Muller - detalhe: Carla Fogaça/arquivo O Diário

Por Cleiton Zimer 

Dois Irmãos – Na manhã desta segunda-feira, 27, a Polícia Civil de Dois Irmãos deu mais um passo na elucidação do latrocínio de Ricardo Utzig, o Pingo. Aos 66 anos, ele foi morto dentro de casa, no bairro União, no dia 8 de abril deste ano.

Um segundo suspeito foi preso em Campo Bom. A prisão cautelar ocorreu na empresa onde o sujeito trabalha. A. S., 34 anos, possui antecedentes por roubo, tráfico, desobediência, ameaça e, em sua ficha, já consta um latrocínio ocorrido em Novo Hamburgo em 2015 – e estava em liberdade provisória por tráfico.

A equipe de policiais vinha diligenciando há mais de dois meses. A ação ocorreu com apoio de agentes da 2ª Delegacia de Novo Hamburgo coordenados pelo delegado Felipe Borba. De acordo com ele a investigação é complexa e, por isso, não é possível divulgar maiores detalhes. “Mas alguns elementos de convicção apontam que o sujeito preso nesta data tenha sido o responsável pelo disparo que vitimou Ricardo Utzig”, afirma.

Os dois ladrões invadiram a casa e a peixaria de Pingo que fica na travessa Pastor Adolfo J. Bachimont (Créd. Cleiton Zimer)

 Primeiro suspeito foi preso dias após o crime

A ação da Polícia Civil foi imediata. Já na noite do crime agentes da DP de Dois Irmãos estiveram no local do crime, junto à Brigada Militar, para angariar o máximo possível de informações.

Cinco dias depois prenderam o primeiro suspeito: M.S.H.G, 26 anos. Ele foi preso no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, onde residia. Da mesma foram possui uma vasta ficha criminal, com antecedentes por homicídio, roubo, furto, receptação, porte de arma e lesão corporal – e estava recorrendo em liberdade. Borba não informou de que forma o criminoso estava envolvido no crime, mas ele permanece preso.

A noite do crime na véspera da Sexta-feira Santa

Ricardo foi morto na noite de sexta-feira, 8 às 22h20, dentro da própria casa na Travessa Pastor Adolfo J. Bachimont, no bairro União – justamente no período de Páscoa, em que há muitas vendas de peixes para a Sexta-feira Santa; a vítima costumava trabalhar só com dinheiro em espécie.

Dois criminosos armados, sendo um com faca e outro com revólver, entraram na residência e renderam o idoso e a esposa. Ela, que estava na parte dos fundos, foi abordada com uma faca no pescoço, teve a boca tapada e foi levada para dentro de casa, onde outro bandido já havia rendido Pingo com um revólver.

Coronhada no rosto

Eles pediam por dinheiro. Ricardo afirmou que não tinham e chegou a oferecer peixes para os criminosos na tentativa de negociar e livrar a si e a esposa da situação. Ele e um criminoso, então, foram para os fundos – em direção ao estabelecimento comercial, onde foi morto com um disparo. Antes disso, Pingo ainda levou uma coronhada no rosto.

A esposa não presenciou o momento pois estava na mira de outro bandido dentro da casa. Apenas escutou o estampido. Ricardo estaria com uma faca e acredita-se que possa ter reagido, o que pode ter motivado o disparo.

Roubaram trocados da Peixaria

Os dois ladrões fugiram, a pé, pela Travessa até a Av. São Miguel e escaparam em um carro que estava lá estacionado. Em um primeiro momento não havia sinais de que eles tivessem roubado algo – até deixaram R$ 400 que estavam em cima da mesa de jantar –, mas, em uma busca mais detalhada, foi constatado que pegaram o dinheiro da Peixaria que estava em uma gaveta. Não era muito – alguns trocados usados na hora da venda dos peixes.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.