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Um lugar de acolhimento: Delegacia de Herval passa por grande reestruturação

28/09/2022 - 15h49min

Núcleo do Mediar já está atendendo a comunidade (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – O que é uma delegacia se não um local de acolhimento às pessoas em alguma situação de vulnerabilidade? Pensando nisso, nos últimos meses, o Comissário Antônio Carlos Pinto e o escrivão João Tadeu da Rosa iniciaram um movimento na comunidade que repaginou toda a DP local.

Através de uma parceria com o Consepro, Ministério Público, empresários/comerciantes e, também, uma artista plástica, foi alugada uma segunda sala. Agora, a Delegacia ocupa todo o segundo andar do prédio.

O novo cômodo está designado para a realização do Programa Mediar – que já ocorre desde maio, porém, não havia o espaço adequado para o processo; mas mesmo assim já foram realizadas cerca de 40 mediações.

O local também será usado para outras ocorrências delicadas, como atender vítimas de Maria da Penha (importante frisar que esses casos não passam pelo Mediar).

As paredes da DP receberam arte de acolhimento (FOTO: Cleiton Zimer)

SEGURANÇA

Os móveis (como mesa redonda, cadeiras, escrivaninha) foram doados pelo MP. As paredes pintadas pela artista Juliana Faber buscam criar um ambiente de acolhimento para quem procura a Polícia Civil, cujos traços têm por objetivo principal transmitir segurança às mulheres vítimas de violência [não somente na nova sala, mas também no corredor].

Além disso foi colocada uma porta de vidro na entrada, o que faz parte de mais um plano: o de contratar estagiário para atender as demandas, pois, não raras as vezes, a DP fica fechada quando os dois policiais estão em alguma diligência.

O novo espaço será oficialmente inaugurado no dia 18 de outubro, às 14h30. Mas ele já está em funcionamento.

Nova porta de vidro da Delegacia na entrada do segundo andar (FOTO: Cleiton Zimer)

A importância do ambiente acolhedor na prática

Juliana colocando sua arte nas paredes da DP (FOTO: Arquivo pessoal)

A artista Juliana Faber, que levou sua arte às paredes da DP com a simbologia do acolhimento, destacou sua satisfação em poder contribuir para o projeto. “Para mim significa muito, porque já precisei ir à Delegacia procurar apoio e justiça em caso de abuso sexual. Então entendo completamente a situação de mulheres abusadas que procuram ajuda na Delegacia Civil e a importância de um lugar acolhedor para que elas se sintam seguras”.

Juliana comenta que é difícil confiar nas pessoas e, quando não há segurança no ambiente, é ainda mais complicado. “Então nossa ideia foi trazer mais segurança e apoio às mulheres. Para que possamos ajudá-las. Fiquei emocionada com o convite dele para isso, porque já venho desenvolvendo arte sobre o assunto. E significa muito para mim”.

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