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As deliciosas ‘cuecas viradas’ da dona Melita e do seu Irineu, em Santa Maria do Herval

01/11/2024 - 10h10min

O casal de aposentados, de 76 e 78 anos, prepara as delícias que são referência para o Centro e redondezas (FOTOS: Cleiton Zimer)

Eles preparam a tradicional receita com muito carinho

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval | Há cerca de dois anos e meio os aposentados Melita e Irineu Kaefer começaram a fazer ‘cuecas viradas’ para vender. Ela tem 76 e ele 78 anos, são aposentados e moram no Centro.

Tudo começou por sugestão das filhas, que trabalham na fábrica de calçados. Elas, que já conheciam as delícias que a mãe prepara, sugeriram que talvez fizessem para comercializar e, logo, foi um sucesso: primeiro entre os trabalhadores da indústria, depois o comércio, vizinhança e, hoje, até pessoas de outras cidades, como Morro Reuter, encomendam.

ROTINA SAUDÁVEL

A atividade faz parte da rotina do casal. Ao menos uma vez por semana eles acordam cedo para preparar tudo. “Quando temos encomenda temos que começar às 6h30 da manhã”, conta Melita.

Eles não produzem em escala industrial, não é e nunca será este o objetivo. É só uma forma de se manterem ocupados e passar o tempo. “Também é uma fisioterapia. Aí a gente não fica parado”, explica Melita.

E, de certa forma, a atividade também reforça o laço dos dois, que já estão casados há 53 anos. “Cada um faz a sua parte”, afirma Irineu.

A harmonia é perfeita: Melita prepara a massa, faz o corte e enrola os bolinhos, deixando os sobre a mesa. Já Irineu prepara o fogo, esquenta o óleo e os põe para fritar e, após, coloca no açúcar.

Não há dúvidas, ao passar perto do Ambulatório numa manhã de terça-feira e sentir um cheiro agradável no ar, pode ter certeza, são os bolinhos da Melita e do Irineu sendo preparados.

O segredo é perseverar

Sim, como você leu no começo, os dois são casados há 53 anos. Completam 54 no Dia dos Namorados. O amor deles frutificou em quatro filhas.

Questionados sobre como conseguem manter um relacionamento tão longo, Melita responde: “A gente foi ensinado que casar não é como comprar uma mula, que pode vender depois. Casar é para sempre, para o resto da vida.

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