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Caso Rafaella, um mês depois: confira os desdobramentos da denúncia sobre atestados frios

16/05/2019 - 23h07min

Ivoti – Há um mês, o Diário tornou pública a denúncia aberta pelo Ministério Público (MP) contra uma servidora pública por usar atestado frio para faltar o serviço. O caso envolve Rafaella Lima, que atualmente é vereadora. Durante este período, houve pouco avanço no processo.

A denúncia foi aceita pela Justiça e está na fase de manifestação das defesas, de acordo com o MP. O processo contra Rafaella, o marido Rodrigo Silveira de Lima, a ex-prefeita Maria de Lourdes Bauermann e o médico Vitoldo Eduardo Krolikowski não corre em segredo de Justiça.

Conforme a denúncia, em duas oportunidades, o marido de Rafaella contatou a ex-prefeita Maria para que ela pedisse os atestados ao médico Vitoldo. Em uma das ocasiões, a servidora recebeu dois atestados para faltar ao trabalho. Segundo o Ministério Público, Rafaella e o médico nunca se encontraram. O atestado foi entregue por meio da ex-prefeita.

Atestado frio anexado aos autos e expedido para Rafaella

Versão diferente

O caso aconteceu em 2015, época em que Rafaella não era vereadora. Porém, desde quando o Diário noticiou o caso, o assunto tem sido falado nas sessões. Nesta semana, a vereadora Rafaella deu uma versão diferente do que consta no processo sobre a entrega do atestado. “O médico mesmo já disse que ele deu o atestado, que ele entregou na minha mão, que eu fui no atendimento. E tão dizendo que é falso”, falou ela.

O médico depôs no dia 21 de março de 2018 ao Ministério Público, em Porto Alegre, e em nenhum momento detalhou como havia entregue o atestado. Confirmou, porém, que o nome de Rafaella não constava no sistema de pacientes do Hospital São Lucas, onde ele atua há 32 anos, ainda que o atestado tenha sido disponibilizado a ela.

No processo, consta a seguinte declaração: “por isso é que o depoente entende que o atendimento foi de ‘favor’. O declarante não tem nenhum vínculo de amizade com a pessoa de Rafaella. Informa o declarante que não possui consultório particular. O controle sobre pacientes atendidos fica registrado no hospital da PUC, mas no caso desta paciente, nada consta”.

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