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Geral

Desafio de ser mulher em profissão dominada por homens

08/03/2018 - 10h50min

Ivoti – Mesmo após um histórico de lutas por direitos e igualdade, as mulheres seguem batalhando para firmar seu espaço dentro das mais diversas áreas, seja no mercado de trabalho, política, ou até mesmo dentro da própria casa. Felizmente, cada vez mais, as mulheres têm ocupado espaços e cargo que antes eram predominantemente masculinos.
Quando se pensa em Corpo de Bombeiros, dificilmente as pessoas tendem a ligar a profissão como uma atividade feminina. O pensamento de que a atividade é desempenhada por homens está atrelada a um histórico recente: em 2018 se completam apenas 21 anos que a primeira bombeira militar foi integrada à corporação no Rio Grande do Sul. No Brasil, São Paulo foi o estado pioneiro, com a formação de 40 bombeiras em 1991.

“A mulher pode fazer o que quiser”

Em Ivoti, o Pelotão de Bombeiros Militar conta com quatro mulheres no efetivo, três atuam de forma voluntária e uma como militar. Mesmo antes de ver uma mulher dentro de um quartel de bombeiros, a soldado Caroline Pacheco Wegner, 28 anos, sempre sonhou em atuar como bombeira e em 2005 ingressou na corporação gaúcha. Os tabus sempre fizeram parte da história, mas a busca pela igualdade dá força para as mudanças acontecerem de forma mais acelerada. “Hoje as mulheres estão mais confiantes e seguras para atuar em áreas antes dominadas por homens. Tem muitos desafios, mas com habilidades e preparação, sabemos que conseguimos fazer o que quisermos”, avalia.

A ROTINA
No dia a dia, o gênero ainda exige um esforço das mulheres no meio militar. “Em geral, por onde passei, o tratamento é de igual, mas claro que sempre existem situações”, avalia. Uma das principais batalhas é a permanência no efetivo operacional: “normalmente as mulheres acabam indo mais para os setores administrativos ou de prevenção. Essa profissão foi por anos exercida por homens e por isso nós mulheres precisamos estar sempre correndo e nos qualificando”, explica a soldado. Entre os colegas, o relacionamento é harmonioso e respeitoso. A diferença só é percebida nos detalhes: “Fazemos de tudo, mas somos nós que damos aquele toque especial, que só a mulher tem”.
Seja dirigindo o caminhão, comandando a equipe de socorro, ou mesmo atuando no atendimento a vítimas, quando as pessoas percebem que é uma mulher por trás da farda, ainda ficam surpresas.

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