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Litoral gaúcho registra 99,5 mil casos de queimaduras por águas-vivas

27/02/2019 - 10h30min

O tempo bom e a temperatura do mar mais quente são fatores que atraem as águas-vivas para a beira da praia. Até o dia 23 de fevereiro foram registrados 99,5 mil casos de queimaduras provocadas pelo contato com as mães-d’água, como são conhecidas no Rio Grande do Sul. Somente em Torres, no Litoral Norte, os guarda-vidas atenderam 9,8 mil casos.

O comandante do grupamento de guarda-vidas de Torres-Arroio do Sal, major Deoclides Silva da Rosa, se mostrou surpreso com o número de casos neste ano. “Eu acho que só tivemos algo parecido em 2015 e 2016.” Para ele, as águas mais quentes e limpas podem ser a explicação para tantos casos. “Pela minha experiência, com a temperatura da água subindo cresce o número de águas-vivas”.

A pequena Isadora Steffens, de 7 anos, foi uma das vítimas. Ela estava acompanhada do pai, Marcos Steffens, de 42 anos, quando foi atingida na perna no início da tarde. Para tentar amenizar a dor e os efeitos da queimadura, o recomendado é colocar vinagre na região afetada. O produto é oferecido nas guaritas dos guarda-vidas. Isadora não teve apenas uma, mas duas queimaduras em dois dias. A mais antiga deixou uma marca saliente na perna direita da menina. Segundo o pai, os acidentes não tiraram a vontade da criança de brincar na água, mas aumentaram a atenção durante os banhos de mar.

A presença de águas-vivas é constante em toda a costa, como destaca o major Rosa. “Não é algo que tem só aqui nesse ponto sinalizado, mas em todo o mar é preciso ter cuidado”, salienta. Todos os locais com a presença do animal são sinalizados pelos guarda-vidas. A orientação do comandante é clara: “Onde está sinalizado o melhor é não entrar”, o que raramente é cumprido pelos banhistas.

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