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O primeiro vereador mais votado da história do Teewald

26/02/2024 - 18h25min

Querino mostra, com orgulho, o diploma de vereador (FOTO: Cleiton Zimer)

Hoje guarda as lembranças emolduradas em um quadro

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval | Aos 84 anos Querino Wobeto hoje descansa na sua antiga casa enxaimel na localidade de Alto Padre Eterno. Aposentando, se ocupa com coisas básicas do dia a dia: como ler o jornal, fazer refeições, cortar a grama, dar caminhadas e conversas com a vizinhança.

Mesmo com a idade avançada ainda resguarda as memórias do passado. Ali, sentado na área de casa, com orgulho mostra seu diploma de vereador no ano de 1988 – primeira legislatura do município.

Na época foi eleito o mais votado pelo então Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

De um total de 2.673 votos válidos Querino fez 205. Ficou bem à frente dos demais que não chegaram perto dos 200. Foi eleito massivamente na mesa 9, lá em Alto Padre Eterno mesmo.

OUTROS TEMPOS

Querino lembra que naquela época era tudo um tanto complicado. “Era difícil. O município tinha acabado de ser criado então, não era fácil”, lembra.

Quem mais se elegeu?

Naquela época também se elegeram Rodrigo Fritzen (170), Sebaldo Dilkin (162), Hilaria Schwertner (149), Hugo Schneider (148), Laurillo Kunst (142), Beno Knorst (137), João Luiz Schaumloeffel (133) e Remo Ritter (114).

Querino, Rodrigo, Sebaldo, Hugo e Beno eram do PMDB. Hilaria, Laurillo, João e Remo do PDS.

Os suplentes

Os suplentes da época, pelo PMDB, foram Arno Colorio, Silmar Luis Seger, Mario Luiz Kieling, Claudio Wolf, Nei Ricardo Wiest, Sebaldo Backes e Maria Dolores Scholl.

Já pelo PDS foram José Fernando Kaefer, Egydio Boufleur, Paulo Renato Dapper, João Eldo Mollinger, Erico Schneider, Lauricio Arnold e Delceu Marschner.

Derly prefeito

O primeiro prefeito eleito foi Derly Carlos Bassegio ao lado do vice José Flávio Vier, com 1.201 votos. Ademir Schneider e Guido Vier somaram 995.

A carreira de fotógrafo

Uma das coisas que elevou a popularidade de Querino na época foi a fotografia. Começou em 1965 depois de voltar do quartel. A primeira foto 3×4 que tirou foi da própria mãe, através de uma máquina emprestada.

Algum tempo depois comprou a sua própria Ricoh em Porto Alegre. A clientela começou vindo aos poucos. “O primeiro casamento que eu fiz foi do Aljemiro Broilo em Gramado”, recordou numa entrevista que concedeu em 2020.

Contou que naquele casamento usou um flash antigo com pilha e, por isso, entre uma foto e outra precisava esperar para carregar. “Quando o Padre Manéia deu a comunhão para a noiva ele me olhou e viu que o flash ainda não estava carregado. Esperou até que estivesse e, só então, entregou a comunhão para que eu pudesse registrar”, relembra.

Parte da inspiração para tirar fotos veio do seu irmão mais velho, o Alfredo, que já faleceu. Ele era fotógrafo e aprendeu o ofício com Pedro Muck, que vinha de Novo Hamburgo tirar fotos da colônia. Alfredo ia de cavalo ou mula até as famílias, utilizando uma máquina de fole com tripé.

Um lugar de paz

O local onde mora é privilegiado pela paz e natureza. Na casa centenária da família acompanha as transmissões das missas pela televisão, sempre elevando sua fé.

Foi lá que nasceu em 12 de novembro de 1939, filho de José e Ana Amália Wobeto – vindo ao mundo através da parteira Eva Zimmer . Cresceu junto aos 10 irmãos, sempre trabalhando na roça. Querino já se casou, mas não teve filhos

 

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