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Pessoas que usam óculos são mais inteligentes, afirma estudo
Coluna Jacintho Hahn, Técnico Óptico
Existe uma conexão genética entre ser inteligente e usar óculos, segundo afirma novo estudo publicado na Nature Communications. A pequisa, que contou com a participação de cientistas de diversas partes do mundo, analisou as informações genéticas e cognitivas de mais de 300.480 pessoas para verificar se havia conexão entre genes associados à inteligência e os relacionados à saúde. Os cientistas avaliaram 148 regiões genômicas relacionadas à uma melhor função cognitiva; 58 delas foram identificadas pela primeira vez durante o estudo.
Os resultados mostraram que existe de fato correlações genéticas entre a função cognitiva geral (memória, raciocínio, percepção, atenção, entre outras) e uma série de problemas de saúde. Segundo as descobertas, pessoas com problemas de visão e utilizam óculos (ou lentes de contato) tendem a ser mais inteligentes; já para indivíduos com boa visão foi encontrada um correlação negativa com a inteligência. “Este estudo, o maior estudo genético da função cognitiva, identificou muitas diferenças genéticas que contribuem para a hereditariedade das habilidades de raciocínio”, disse o líder do estudo Gail Davis, do Centro de Epidemiologia Cognitiva da Universidade de Edimburgo, ao The Telegraph.
Função cognitiva e saúde
Os cientistas notaram também que uma cognição baixa pode trazer problemas cardíacos (ataque cardíaco e angina), assim como provocar câncer de pulmão, pressão alta e osteoartrite, doença caracterizada pela degeneração das cartilagens dos ossos. No entanto, pessoas com melhor função cognitiva são menos propensas a sofrer de depressão.
Entretanto, eles alertam para o fato de que os resultados são apenas correlações, portanto, independente do grupo de função cognitiva os indivíduos façam parte, isso não significa, necessariamente, que eles tenham maiores ou menores riscos de apresentar estas doenças.
Outro fator relacionado à inteligência indica que pessoas inteligentes costuma ser mais saudáveis, especialmente porque, por serem mais instruídas, elas têm melhores empregos, e por isso é mais provável que tenham para garantir dietas mais saudáveis e variadas e melhores cuidados com a saúde. “A descoberta de efeitos genéticos compartilhados sobre os resultados de saúde e estrutura cerebral fornece uma base para explorar os mecanismos pelos quais essas diferenças influenciam as habilidades de pensamento ao longo da vida”, declarou Davis.
Fonte: Veja
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