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Presidente da Câmara pede respeito ao tempo de tribuna em Herval: “espero que eu não precise chamar a atenção”

Santa Maria do Herval | Durante a última sessão da Câmara de Vereadores, no dia 8, o presidente da Casa, Paulo Henrique Kaefer (PSB), reforçou a importância de que os parlamentares respeitem o tempo de uso da tribuna. A fala veio após discussões entre os vereadores sobre o controle de tempo durante as manifestações no plenário.
“Em relação ao tempo, eu espero que eu não precise chamar a atenção em relação a isso, para que a gente possa de fato cumprir o tempo que cada um tem, seja prefeito, secretário ou vereador. Isso nos dá transparência, e a gente tem também uma ordem para que aqui não se fique discutindo a noite inteira. Que a gente tenha tempo para cada um especificamente e que possamos respeitar o tempo de cada um”, afirmou Kaefer.
A fala do presidente ocorre após o vereador Clérice Rodrigo de Moura (União) ter sido criticado por utilizar tempo excessivo em sua manifestação na tribuna. Em resposta, Clérice defendeu a liberdade de raciocínio e apontou o que considera ser um tratamento desigual em sessões anteriores.
“Nunca na história do município foi controlado o tempo. Naquele episódio, quando usei a tribuna livre como cidadão, assim que subi na tribuna foi colocado um cronômetro na frente do presidente, na época, Cleidir. Faltando dois minutos para terminar meu tempo, ele pegou o microfone e disse ‘faltam dois minutos’, cortando completamente meu raciocínio. Acho isso, desde aquele momento, uma questão de atendimento diferenciado”, afirmou o vereador.
Ele também mencionou que, na última sessão, o prefeito utilizou 19 minutos da tribuna sem ser interrompido. “E eu acho justo, porque ele tinha assuntos importantes para tratar, detalhou a audiência pública. Não bati o pé, não reclamei dizendo que tinha usado muito tempo. Acho justo. Que bom que precisou de um vereador de encrenca, talvez, que coloca as coisas certinhas para seguir, torna mais profissional nosso trabalho aqui”, completou Clérice.
O tema também foi abordado pelo vereador Jaime Morschel (PDT), que sugeriu a adoção de um cronômetro visível e operado por um servidor da Casa para garantir a imparcialidade no controle do tempo.
“Eu acho que, senhor presidente, nós temos que colocar o cronômetro lá. Não adianta o vereador mesmo ficar cronometrando o seu horário. Acho que tem a pessoa certa para fazer isso, para que não aconteça [novamente]”, pontuou Morschel.