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Sabe onde fica a antiga Cervejaria Polar? A Prefeitura quer demolir o prédio histórico; conheça esta história e saiba qual é a cidade

13/07/2018 - 09h13min

Atualizada em 13/07/2018 - 09h14min

Todo mundo conhece a Cerveja Polar e, principalmente, seu marketing de que é cerveja para ser consumida apenas no RS, pois não permite “exportação”. Pelo marketing da Polar, que hoje pertence a Ambev, passou os rios Mampituba ou Uruguai e já não encontrarás Polar para vender, pois em Santa Catarina ou qualquer outro Estado do Brasil, a Polar não chega. É cerveja apenas para gaúchos, comercializada apenas no RS. Pois bem, mas você sabe de onde é a Polar? Você sabe quando nasceu e em que cidade começou a Polar? Você sabia que o primeiro nome desta cerveja ou a primeira marca da cervejaria se chamava Aurora? Será que, se o nome fosse Aurora, ainda, teria tido um marketing “que pegou”, como “pegou” o marketing da Polar?
Pois é, o fato é que o prédio onde nasceu a Polar, cuja cervejaria chegou a empregar 800 funcionários, pode ser demolido. E esta história pode ser apagada. Sim, a Prefeitura estuda doar o terreno onde está o prédio. E doar para o Estado demolir o prédio e construir um novo prédio para o Fórum. Mas o povo está contra. Sabe o nome da cidade? Aqui pertinho, Estrela. Abaixo, acompanhe a matéria do jornal Informativo do Vale, de Lajeado, a respeito desta polêmica, CLIQUE AQUI SE QUISER LER DIRETO NO SITE DO INFORMATIVO.

História da fábrica
A fábrica Polar iniciou suas atividades em Estrela em 1912, com o nome Sociedade em Comandita Júlio Diehl & Cia. Uma de suas primeiras marcas foi a cerveja Aurora. A empresa chegou a empregar em torno de 800 cervejeiros na década de 1970, quando foi comprado pelo Grupo Antarctica Paulista. Começou a encolher em 2001, até ser desativada, em abril de 2006, pela Ambev, que havia adquirido o gruponacional. No ano seguinte, a prefeitura comprou os imóveis pertencentes à multinacional, por R$ 1,4 milhão, em 36 parcelas.

Estrela – Um pedaço da história de Estrela pode dar lugar ao novo prédio para o Fórum. A prefeitura pretende doar área com 2.178 metros quadrados dos 8.875,34 metros quadrados do complexo onde ficava a antiga Cervejaria Polar. Para construir as novas instalações, o Estado precisa do terreno limpo, sem o prédio de alvenaria. O projeto de lei do Executivo causou polêmica na Câmara de Vereadores, esta semana. Foi retirado da pauta a pedido de João Braun (PP), que defende a doação de outro espaço. “Não concordo com a doação daquele prédio ao governo do Estado. A comunidade tem se posicionado contrária porque a cervejaria faz parte da nossa história e do nosso legado.” Também criticou o fato de a Administração Municipal ter de arcar com os custos de demolição e limpeza. “Vamos gastar mais de R$ 300 mil em uma construção que nem sabemos quando vai ser feita, sendo que não há uma cláusula de reversibilidade no projeto. Não tem prazo para conclusão da obra. Daqui a 15 anos, podem simplesmente vender o terreno.”
Definição em 2015
A Administração Municipal afirma que a área foi escolhida em 2015, quando o então presidente do Tribunal de Justiça do Estado esteve em Estrela. Na época, estava sendo pleiteada a implantação da 3ª Vara de Justiça. Uma vez que o atual prédio do Fórum está no limite de sua capacidade.
Judiciário solicitou um local para construção de novas instalações, em condições de abrigar mais uma vara. Assim,o município decidiu realizar uma visita ao terreno onde fica afábrica. O local foi aprovado pelo Judiciário, e o município iniciou os trâmites para oficializar a doação. A prefeitura nãotem uma previsão de quanto gastará para demolir o prédio e limpar o terreno.

Necessidade de nova sede
A diretora do foro da Comarca de Estrela, juíza Caren Letícia Castro Pereira, explica que a escolha do terreno foi feita pela prefeitura. Diante da oferta, o Judiciário enviou um  engenheiro para visitar o local escolhido e atestou que seria viável a construção do novo Fórum, desde que o município fizesse a unificação das matrículas e a averbação da demolição do prédio. A magistrada afirma que há uma necessidade de se construir uma nova sede, uma vez que o prédio foi erguido há mais de 30 anos e não possui a estrutura adequada para comportar a atual demanda de trabalho. “Quando o edifício foi construído, na década de 1980, a realidade era outra.Falta espaço para criar uma terceira vara, por exemplo. Também há uma questão de segurança, uma vez que nãohá uma entrada exclusiva para os presos. Com um novo edifício, podemos ter mais serviços e oferecer mais segurança a todos que o frequentam”, destaca. Para a juíza, é importante que o Legislativo continue adebater a doação do terreno e leve os seus questionamentos para a prefeitura. “Temos que continuar essa conversa e ver então um outro lugar, quem sabe sem nenhuma construção e que seja acessível.”

Silêncio do Estado
A reportagem procurou o governo do Estado a respeito de outros imóveis de sua propriedade em Estrela e a negociação da área da antiga Polar com a prefeitura. Até ofechamento desta edição, a Secretaria de Modernização Administrativa e Recursos Humanos não havia retornado os questionamentos feitos ainda na quarta-feira.

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