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Polícia está investigando morte de mais um cão por envenenamento em Ivoti

10/03/2020 - 10h37min

Dike teve convulsões e vomitou um líquido azul antes de morrer

Ivoti – A Delegacia de Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar a autoria e a causa da morte de mais um animal doméstico na Rua Aloísio Finkler, no bairro Cidade Nova. Este novo caso aconteceu na madrugada do último domingo, 8, quando Dike, um cão resgatado que estava em um lar temporário, morreu com suspeita de envenenamento.

De acordo com Priscila Forster, presidente da Associação Defensores dos Animais de Ivoti (ADAI), um Boletim de Ocorrência foi registrado na delegacia, que já está realizando investigações para a abertura de um inquérito. “Nós queremos que a verdade venha a tona. Não podemos deixar estas mortes impunes”, destacou.

Morte após encontrar um lar

Conforme a presidente da ADAI, o cachorro vira-lata foi encontrado perambulando pela BR-116 próximo ao Pórtico no final de fevereiro. Após os esforços da associação e do poder público, ele foi resgatado e chamado de Dike. Após, passou por castração e ficou em um lar temporário até que se encontrasse uma família para adotá-lo definitivamente. Todos os custos envolvendo o procedimento e os remédios foram pagos pela Prefeitura de Ivoti, enquanto um mutirão de voluntários da ADAI contribuiu com comida e até a casinha onde o animal dormia. Segundo Priscila, nesta terça-feira, 10, uma família iria adotar definitivamente Dike, que faria companhia para uma jovem portadora de necessidades especiais e sua família.

Rua do bairro Cidade Nova onde foram registrados os casos

“Da mesma forma”

O lar temporário em que Diki estava era na Rua Aloísio Finkler, na casa de Rosângela Paiva, que no dia 31 de dezembro de 2019 perdeu dois cachorros, Apollo e Nego, também mortos por envenenamento. De acordo com a moradora, ela acordou por volta das 5 horas com os barulhos do animal. “Foi da mesma forma que os outros dois. Ele não latiu nem nada, apenas se debateu, vomitou um líquido azul e convulsionou, morrendo na hora. Nem deu tempo de levar para atendimento em uma clínica”, comentou Rosângela.

Ainda nesta semana, a pedidos da Polícia Civil, o secretário de Meio Ambiente, Ismael Petry, e a família que estava responsável temporariamente pela guarda do animal levarão o cadáver do cachorro e fragmentos do vômito até a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para que seja realizada a perícia. Os resultados, que devem sair em cerca de 15 dias, serão utilizados na investigação que irá apurar a morte de animais no bairro.

Matéria do Diário já mostrou outros casos que ocorreram no mesmo local

Onze mortos

Além de Dike, Apollo e Nego, outros oito animais domésticos também morreram ou sumiram de suas casas em pouco mais de dois meses. Ao menos cinco cães e seis gatos estão entre as vítimas em menos de uma quadra do bairro Cidade Nova. “A Polícia tem que investigar não só quem está cometendo esses crimes mas também chegar em quem está vendendo estes venenos”, finalizou Priscila Forster.

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