Polícia
Líder do PCC, que participou do assalto no aeroporto de Caxias, foge após ganhar benefício humanitário

Um dos criminosos acusado de envolvimento no assalto ao aeroporto de Caxias do Sul, ocorrido em 19 de junho de 2024, está foragido. Conhecido pelo apelido de Cigano, o criminoso é apontado como uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e havia recebido autorização judicial para cumprir prisão domiciliar humanitária, com uso de tornozeleira eletrônica. A fuga aconteceu nesta quinta-feira (29), uma semana após o benefício ter sido concedido pela Justiça Federal.
Segundo a Polícia Federal, o criminoso rompeu a tornozeleira eletrônica e, até a manhã desta sexta-feira (30), ainda não havia sido recapturado. O benefício concedido a ele tinha como justificativa a necessidade de uma cirurgia de hérnia de disco, motivo pelo qual a prisão domiciliar foi autorizada em caráter temporário no dia 22 de maio.
Cigano havia sido preso em Juquitiba (SP) dois dias após o roubo milionário, e desde então estava recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). De acordo com investigações, ele exercia papel de coordenação logística e financeira dentro do PCC, sendo considerado peça-chave em operações criminosas da facção.
O assalto ao Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, teve alto grau de violência e organização. Durante a ação, os criminosos invadiram a pista e atacaram um carro-forte que iria transportar R$ 30 milhões em espécie. Quase metade do valor foi levada. No confronto, o 2º sargento da Brigada Militar, Fabiano Oliveira, de 47 anos, foi morto.
A fuga de Cigano reacende o debate sobre benefícios judiciais a criminosos de alta periculosidade. Parlamentares e entidades ligadas à segurança pública já começaram a se manifestar criticando a decisão da Justiça Federal. O caso segue sob investigação, e novas buscas estão em curso.