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Polícia

Polícia Civil deflagra operação para apurar fraude em associação estudantil de Nova Petrópolis

11/09/2025 - 10h07min

As ações foram realizadas em Nova Petrópolis, Linha Nova, Maringá e Flórida (PR) / Créd. Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis, deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) a Operação Rota Desviada. Sob a coordenação do delegado Fábio Idalgo Peres, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Nova Petrópolis e Linha Nova, além de Maringá e Flórida (PR).

A ação é um desdobramento de inquérito que investiga um esquema de desvio de recursos na gestão da Associação dos Universitários de Nova Petrópolis (AUNP). O ex-presidente da entidade é suspeito de liderar as fraudes, que podem ter causado prejuízo superior a R$ 430 mil. O valor será consolidado ao longo da investigação.

Descoberta das irregularidades

O caso veio à tona após uma fiscalização de rotina do gestor de parcerias da Prefeitura de Nova Petrópolis, que identificou inconsistências graves nas contas da associação, como saldo inicial irregular e ausência de depósitos referentes à contrapartida da entidade. A partir disso, a diretoria da AUNP abriu apuração interna e formalizou a ocorrência junto à polícia.

Como funcionava o esquema

Segundo as investigações, o método principal de desvio era manipular os recursos da AUNP, responsável por uma parceria público-privada que subsidia o transporte de universitários. As mensalidades pagas pelos estudantes eram depositadas em conta de arrecadação da entidade, mas antes que a contrapartida fosse transferida à conta oficial monitorada pelo poder público, os valores eram desviados.

Além disso, há suspeita de superfaturamento em boletos cobrados dos estudantes e de simulação de despesas operacionais, encobertas por notas fiscais inconsistentes.

Prejuízos e diligências

A fraude impactou diretamente o orçamento dos associados, gerando dívidas com fornecedores e comprometendo a sustentabilidade financeira da AUNP. Embora o esquema tenha sido arquitetado para não mexer diretamente nos repasses do município, a manipulação dos custos do transporte também afeta a base de cálculo da subvenção pública, foco da apuração.

Na operação, a polícia apreendeu documentos, celulares, computadores e outros equipamentos que devem ajudar a rastrear o destino dos valores e identificar possíveis envolvidos. Os mandados foram cumpridos em endereços ligados ao investigado, à sua empresa de marketing digital e a pessoas próximas.

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