Região
CONFIRMADO: ponte entre Campestre e 14 Colônias só deve liberar para o tráfego em setembro
População ainda sofre ao ter que deixar o carro de um dos lados da ponte e seguir a pé
Por
Cândido Nascimento
Lindolfo Collor/S.J do Hortêncio – A conclusão da ponte entre 14 Colônias, em Lindolfo Color, e o Campestre, São José do Hortêncio, sobre o Rio Cadeia, vai demorar mais um pouco. A interdição total comemorou um ano no dia 28 de fevereiro. Agora, também já faz um ano que a obra teve início.
O primeiro prazo estipulado para conclusão, era para o final do ano passado. Após vários adiamentos, ela deve ser liberada para o trânsito, possivelmente, a partir do dia 4 de setembro, se o tempo colaborar, segundo representantes das duas Prefeituras.
Falta retirar o madeirame das laterais, colocar aterro e uma base para asfalto do lado de Hortêncio, além de, no lado de Lindolfo, colocar a base para asfalto, os “guard-rails” e as sinalizações reflexivas para a noite. Passados os 20 a 25 dias de “cura” da obra, faltará a conclusão das cabeceiras e colocação de placas que indiquem a extensão e capacidade de tonelagem da ponte para a legítima liberação. A colocação do asfalto vai ser colocado somente mais adiante. Enquanto isso, a base vai sendo compactada.
POPULAÇÃO AGUARDA COM ANSIEDADE
Uma moradora do Campestre comentou que no edital saiu que só a concretagem do lado do campestre vai custar R$ 50 mil. Um antigo morador disse que muitas pessoas utilizam a ponte e que ela já deveria estar pronta.
O eletricista Luis Haag, 23 anos, teve que deixar o carro no lado de 14 Colonias e passar a ponte inacabada a pé, sobre pedras e tábuas, para prestar o serviço no Campestre. “Está complicado. Por que dão um prazo que não podem cumprir? Tem pessoas que fazem serviço em São Sebastião do Caí, por exemplo, ou outros lugares em Hortêncio e é preciso dar uma volta de 20 a 30 quilômetros, e tem gente que precisa passar todos os dias pela ponte”, afirma o morador de Lindolfo.
Juliano Gheno, morador de Ivoti que é também é eletricista e trabalha em uma concessionária, teve que colocar a bicicleta nos ombros para poder passar. “É muito tempo para fabricar uma ponte. Não sei se é por falta de recursos, de emendas ou o que. Quando a gente vem prestar serviços por este lado, tem que dar uma volta por Sertão Capivara ou por Presidente Lucena para chegar em Hortêncio”, destaca.
A trabalhadora rural, que mora em 14 Colônias, Solane Feldmann, diz que tem que ir ao Campestre para tratar as vacas e fazer pasto. Quando tudo estava interrompido teve que ficar na casa do filho, no Campestre, para poder tratar dos animais. “Ficar fechado atrapalha tudo, pois quem mais precisa usar essa ponte é o pessoal de Hortêncio”, afirmou ela.
PREFEITURA DE LINDOLFO
O prefeito Gaspar Behne disse que fez o possível para agilizar a obra, mas afirmou que o tempo não colaborou e o ciclone atrapalhou mais ainda. “Se não chover, acreditamos que a ponte vai ser liberada em breve para todos os tamanhos de veículos e com total segurança”, destacou ele.
PREFEITURA DE HORTÊNCIO
O secretário de Obras de São José do Hortêncio, Juliano Hanauer, conversou com o engenheiro responsável da obra e destacou que os prazos de secagem do concreto final devem ser obedecidos. De acordo com ele, mais para o final de agosto, assim que estiver limpo o local, for feito o aterro da cabeceira do lado do Campestre e ter as placas de sinalização colocadas, será feita a liberação. “Caso não chova, a ponte vai ser liberada entre 4 e 5 de setembro, mas prefiro não dar prazo”, concluiu.