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Região

Deputado Issur reafirma posição contrária aos pedágios e apresenta propostas

26/11/2025 - 10h26min

Atualizada em 26/11/2025 - 10h47min

Estado – O deputado estadual Issur Koch (PP) apresentou, durante audiência pública na Universidade Feevale, um conjunto de propostas para o modelo de concessão do Bloco 1, que abrange a RS-239, uma das rodovias mais movimentadas e estratégicas do Rio Grande do Sul.

Em 2021, o deputado manifestou publicamente oposição ao modelo de pedágios apresentado à época, inclusive instalando outdoors nas principais rodovias como forma de alerta à população. “Meu posicionamento segue o mesmo: o projeto, como foi construído, não atende aos interesses das pessoas nem das cidades da região”, afirma.

O que deve constar no edital do Bloco 1

O deputado reforça que a concessão precisa prever investimentos que há anos impactam o desenvolvimento regional, entre eles:

– Duplicação do trecho Taquara–Rolante, obra parada desde 2018;

– Continuidade do asfaltamento Riozinho–Maquiné (Rota Natur), integrando Serra, Litoral, Vales do Sinos e Paranhana;

– Inclusão de ciclovias nas rodovias estaduais — medida que Issur defende e que está prevista em seu Projeto de Lei 132/2021.

“Os Vales do Paranhana e Sinos estão entre as regiões que mais utilizam bicicleta para deslocamento ao trabalho. O projeto não pode ignorar essa realidade”, ressalta.

Propostas de Modernização Tarifária para o Bloco 1

1. Retornos gratuitos em até 1 hora – modelo utilizado no Chile

Inspirado em soluções adotadas na Rota 78, que liga Santiago a San Antonio, o parlamentar propõe a isenção de cobrança em retornos realizados em até 1 hora.

Benefícios:

– Evita cobrança dupla em pequenos deslocamentos;

– Protege o usuário cotidiano da rodovia;

– Moderniza o modelo de concessão.

– A implementação seria automática via sistema free flow, sem necessidade de cadastro.

2. Tarifas reduzidas fora dos horários de pico

– Adoção de tarifa diferenciada conforme o fluxo da rodovia, com descontos automáticos após as 20h, na madrugada, e entre 10h e 16h.

– A medida já é utilizada em vários países e não compromete a receita de investimentos da concessionária.

3. Criação de um teto máximo de tarifa

– Mesmo no modelo proporcional por quilômetro, o deputado defende que exista limite de cobrança por viagem, protegendo o usuário de valores abusivos.

4. Descontos automáticos para moradores e trabalhadores da região

A medida garante justiça tarifária e reduz o impacto econômico para quem utiliza a rodovia diariamente para trabalhar.

Custo por quilômetro em São Paulo

Issur lembra que o free flow implementado no estado de São Paulo cobra R$ 0,15 por km rodado, parâmetro que demonstra a viabilidade de modelos mais equilibrados. “Hoje, a tarifa que temos com.o pedágio na RS-239 entre Estância Velha e Taquara é de R$ 0,08 por quilômetro rodado. Em São Paulo, é R$ 0,15. Agora o governo propõe R$ 0,21 por km rodado. Nossa região não suporta este custo”, define.

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