Conecte-se conosco

Região

Diário da Terceira Idade: são mais de 50 anos que Egon Gaelzer dedica à gastronomia

19/01/2024 - 10h44min

Egon vai enfrentar um novo desafio a partir deste ano (Crédito: Cândido Nascimento)
Início foi com arroz carreiro e depois fez comida colonial e viandas

Cândido Nascimento

Ivoti – Natural da 48 Baixa, da parte pertencente a Ivoti, Egon Gaelzer, 65 anos, fazia parte do Grupo de Escoteiros Wilhelm Rotermund, quando aprendeu os primeiros passos para cozinhar, fazendo arroz carreteiro e comidas de acampamento. Trabalhou na antiga Dilly, iniciando como cortador e, anos depois assumiu a cozinha da fábrica. Também trabalhou no Galpão Crioulo na área do complexo do Ginásio Municipal. Um detalhe interessante é que ele já foi Rei do Kerb de Ivoti e contratado como Papai Noel do Grêmio em Gramado e Presidente Lucena.

Filho de Hedy e Benno Gaelzer, Egon tem um irmão mais velho, Ingo, que reside em Picada Café. Egon conheceu a esposa, Cristina, em um baile no Salão Gewehr, e casaram em 1982, na Paróquia São Pedro. Eles são pais de Roger, 41, Rodrigo, 37 e Matheus, 33.

O seu trabalho na produção da Calçados Dilly iniciou aos 13 anos. Como escoteiro começou aos 10 anos e, a partir daí, aperfeiçoou o gosto pela culinária. “Ali aprendi a fazer o básico, que o arroz carreteiro, entre outras comidas. Como começou a trabalhar, foi estudar à noite na Mathias Schütz, que funcionava onde hoje é o prédio do posto de saúde, e concluiu o ensino fundamental.

Em 1983 Gaelzer assumiu a cozinha da Calçados Dilly, em Presidente Lucena, onde ficou por quatro anos. Depois disso voltou para a matriz, como contramestre da expedição, e nessa função ficou por dois anos. Em 1988 fez concurso para a Prefeitura, quando assumiu o Galpão Crioulo, onde hoje é a Secretaria de Obras. Ali servia comida e fazia eventos como casamentos, comunhões e aniversários.

RESTAURANTE PRÓPRIO

No ano de 1991 resolveu ter o seu próprio restaurante, que funcionava no porão da sua casa na rua Tiradentes, bairro 7 de Setembro, e ali atuou por um período de 10 anos. Esse estabelecimento funcionou até 1º de maio de 1992. Na época servia comida típica alemã aos domingos e galeto aos sábados, e com o foco na comida caseira de segunda a sexta-feira. Servia arroz, feijão, massa, batata, aipim, carne de panela, entre outros pratos. Um detalhe é que ele usava como logo o brasão da Família Gaelzer da Alemanha.

Era um trabalho feito em união por toda a família e o nosso slogan era de família para família”, explica o cozinheiro. Depois, os filhos foram crescendo e seguindo cada um o seu próprio caminho, e ele fez uma pausa até 2010. Mais tarde, começou o Restaurante Gaelzer no mesmo bairro, e funcionou até 2015. Depois montou a Cozinha do Porão, onde funciona até hoje a Gaelzer & Gaelzer Gastronomia, especializada em marmitas. Os filhos Roger e Matheus assumiram a empresa em março de 2019. A empresa é pioneira na tele-entrega de marmitas.

Após passar por várias cirurgias, devido a uma diverticulite, o empreendedor teve que dar uma nova pausa na atividade. Para dar um exemplo, em 2021 ficou 12 dias na UTI e cinco dias no quarto. “Quando ganhei alta o médico me falou que achava que eu ficaria na mesa de cirurgia. Hoje, só tenho a agradecer a Deus, é só gratidão, pois eu tenho ainda alguma coisa a realizar nesta terra”, enfatiza.

OUTRAS

Uma grande novidade iniciada por ele foi o pão de alho, que apresentou no Núcleo de Casas Enxaimel, durante as feiras. E são diversos sabores, com destaque para o mussarela com tempero verde, bacon com provolone, carne de panela desfiada e requeijão, e pepperoni com gorgonzola.

NOVIDADE

Gaelzer fala que em breve será apresentada uma grande novidade para Ivoti e região, o Casarão 48 Alta, um espaço de gastronomia totalmente diferenciado, o qual irá gerenciar. O local terá estacionamentos amplos, chopp, cerveja, vinhos, espumantes e sucos, refrigerantes, queijos, salames, embutidos e artigos de cutelaria. Vai funcionar de terças a domingos e terá um mini café colonial e almoço típico.

Resumindo esses 50 anos de atividades ele conclui: “é preciso gostar de fazer comida, senão o cliente sente no paladar que esse alimento foi feito de qualquer jeito; cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Cozinhar não é serviço, é um modo de amar os outros”.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.