Dois Irmãos: Filhote de graxaim debilitado é resgatado e encaminhado ao Ibama

O chefe do Departamento de Meio Ambiente, Matheus Ferro, explicou que todos os dias é realizado uma rota, na primeira hora da manhã, para observar se ocorreu algum atropelamento. “Os locais onde ocorre maior incidência de atropelamentos de animais silvestres são na rodovia BR-116 e nas estradas vicinais, locais onde a velocidade permitida é maior do que nas vias internas. Como medida preventiva o Departamento de Meio Ambiente já instalou placas indicativas nos pontos onde é comum a travessia de animais, com o objetivo de alertar aos motoristas. Atenção no volante e velocidade controlada já ajuda bastante para evitar esse tipo de fatalidade”, disse ele, agradecendo por toda assistência prestada pela veterinária para socorrer o graxaim.

Quem encontrar algum animal silvestre em situação de risco na rua ou atropelado, a orientação é que a pessoa entre em contato com o Departamento de Meio Ambiente através do telefone (51) 3564-8894.

Curiosidades do Graxaim-do-mato*

Nome científico: Cerdocyon thous

Medidas: 1m a 1,12m de comprimento e cerca de 5 kg

Habitat e hábitos: Vive nas matas e em áreas alteradas e habitadas pelo homem. Tem hábito essencialmente noturno, podendo, às vezes, ser visto durante o dia; procura tocas, fendas e ocos de árvores no chão para se esconder.

Alimentação: É onívoro e consome grande variedade de frutos, insetos e pequenos mamíferos, principalmente roedores, sendo muito importante no controle natural destes.

Reprodução: Período de gestação em torno de 53 dias com número médio de cinco filhotes.

Distribuição geográfica: Ocorre em todo o Brasil, exceto nas áreas baixas da bacia amazônica. Ocorrem também na Colômbia ao Paraguai e o Uruguai.

Principais ameaças: É um animal caçado e envenenado pelo homem, por considerarem, erroneamente, o graxaim um predador em potencial de galinhas e ovelhas. Conforme estudos realizados em 104 estômagos desta espécie, não se encontrou restos de animais domésticos (galinha, ovelha…), não sendo, portanto, um animal nocivo para as criações.

*Fonte: Livro Animais Silvestres em Dois Irmãos – Conheça um pouco mais da fauna de Dois Irmãos, 2ª edição, março de 2015