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Polícia

Facção que fuzilou jovem em Taquara tem ramificações em Dois Irmãos

16/08/2023 - 12h12min

Atualizada em 17/08/2023 - 11h25min

Foram realizadas três prisões, além de apreensão de armas, drogas e dinheiro (FOTOS: Ministério Público do Rio Grande do Sul / divulgação)

Por Cleiton Zimer

As investigações em torno da execução de um jovem de 18 anos na frente de uma revenda em Taquara, ocorrida em outubro de 2021, motivaram mais uma ofensiva na manhã desta quarta-feira (16). Um dos desdobramentos foi na cidade de Dois Irmãos, em que foram apreendidos R$ 18 mil durante mandado de busca e apreensão.

A segunda fase da Operação Audácia foi desencadeada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Taquara.

Além de Dois Irmãos, as ações aconteceram simultaneamente em Taquara, Campo Bom e Parobé.

Vítima executada com múltiplos disparos

Criminosos obrigaram a vítima a bater palmas no estabelecimento e o executaram

A ofensiva investiga, desde março do ano passado, o envolvimento de integrantes de uma célula de organização criminosa na execução de Kevyn Alcides, 18 anos, mediante múltiplos disparos de arma de fogo de grosso calibre, na região central de Taquara, em frente a uma revenda de veículos. O crime aconteceu na noite de 12 de outubro de 2021.

Integrante do alto escalão da organização foi preso

Armamento pesado foi apreendido.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo executadas três prisões em flagrante, dentre eles, um mandado de prisão preventiva de um integrante do alto escalão da organização criminosa e diretamente ligado à execução. Um foragido foi recapturado.

Foram apreendidos seis tijolos de crack pesando mais de cinco quilos, 69 tijolos de maconha, três tijolos de cocaína, 457 comprimidos de ecstasy, seis balanças de precisão, uma pistola 9mm, 41 cartuchos de munição 9mm, 229 munições de fuzil calibre 556, cinco munições de calibre 380, um drone, um veículo, R$ 37.407,00, além de diversos telefones celulares, aparelhos eletrônicos e documentos relacionados à investigação.

Não foram informados maiores detalhes sobre o desdobramento em Dois Irmãos.

Policial militar é investigado

Desvendou-se, ainda, o envolvimento de um policial militar, que prestava pronto auxílio à organização criminosa.

Conforme o coordenador do Gaeco, André Luis Dal Molin Flores, e a promotora de Justiça, Cristina Schmitt Rosa, que comandaram a operação, o grupo criminoso investigado atua no Vale dos Sinos, Vale do Paranhana e regiões limítrofes, executando delitos graves e violentos, especialmente homicídios, roubos a estabelecimentos comerciais, tráfico de drogas e extorsões.

A ação teve o apoio do 32º Batalhão de Polícia Militar, do 1º Batalhão de Polícia de Choque e da Corregedoria-Geral da Brigada Militar.

 

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