Hospital Nova Petrópolis firma parceria com Hospital Mãe de Deus para convênios e particulares

Casos poderão ser encaminhados ao hospital de Porto Alegre, que também auxiliará os médicos locais

GIAN WAGNER BAUM

Nova Petrópolis – O Hospital Nova Petrópolis e o Hospital Mãe de Deus firmaram uma parceria para que pacientes atendidos pelo convênio ou particular possam ser encaminhados diretamente para o hospital de Porto Alegre, caso haja necessidade de atendimento de alta complexidade. Em casos de pacientes por convênio, é preciso certificar se este convênio permite o atendimento em Porto Alegre. A ideia da parceria é facilitar tanto o contato quanto a transferência de pacientes que chegam ao HNP em estado grave. “Em novembro tivemos uma visita no Hospital Mãe de Deus que deixou as portas abertas para nós”, conta o diretor do Hospital Nova Petrópolis, Mateus Zucolotto.

Os pacientes de convênio e particular poderão ser encaminhados a Porto Alegre, seja para dar continuidade ao tratamento ou para realização de algum exame que não seja feito em Nova Petrópolis. “Nestes casos o paciente pode ir, realizar o exame e voltar para cá”, explica o diretor técnico do HNP, Marcelo Flores.

Além disso, os médicos de Nova Petrópolis poderão participar das reuniões técnicas dos médicos do Hospital Mãe de Deus, levando casos de Nova Petrópolis para a discussão. “Essas reuniões ocorrem uma vez por semana e eles discutem alguns casos de pacientes do Mãe de Deus. Nós poderemos participar de forma remota, levando casos e obtendo ajuda com nossos pacientes aqui”, explica Daniela Carvalho, diretora clínica do HNP.

SUS CONTINUA COM REFERÊNCIAS DO SISTEMA – A parceria é válida apenas para pacientes particulares ou com convênios. O paciente do SUS continuará sendo direcionado para a referência apontada pelo sistema Gerint, usado pelos hospitais. “O SUS tem um sistema próprio onde a gente cadastra o paciente, coloca o histórico e aguarda uma resposta do hospital referência daquela especialidade. Quanto mais específica a especialidade, mais demora”, explica a Drª Daniela. “Já tivemos casos que uma paciente foi encaminhada para Vacaria, pois lá era a referência dela”.

Tomógrafo será instalado em fevereiro
O tomógrafo do Hospital Nova Petrópolis está cada dia mais próximo de estar disponível para os pacientes de Nova Petrópolis e região. Neste mês de fevereiro está programada a instalação do equipamento que chegou no final do ano passado. Haverá ainda um treinamento para os profissionais que devem seguir até o dia 20. Depois disso, ocorrem os testes com uma empresa especializada que fará uma qualificação técnica com um engenheiro especializado. Encerrada esta etapa, o HNP precisará aguardar a visita da Vigilância Sanitária que emitirá o alvará possibilitando o início da operação. A previsão é de que o tomógrafo passe a operar em março, ainda sem data definida.

UM GANHO GIGANTE PARA A REGIÃO – A chegada do tomógrafo representa um ganho gingante para toda a região que tem o HNP como referência. “Na região, só Gramado e Caxias do Sul tem este equipamento”, conta o diretor Zucolotto. O Dr. Marcelo, que trabalha há 14 anos no HNP, acredita que este será um avanço para a medicina local. “É um salto gigante, muda o patamar do Hospital Nova Petrópolis e da região que terão esta possibilidade mais perto e os diagnósticos mais rápidos”, explica.

Um exemplo usado pelos médicos foi de um paciente que mora no interior e sofre um derrame. Este paciente hoje precisa esperar o deslocamento até o Hospital, aí precisa deslocar para Gramado ou Caxias do Sul para fazer o exame e depois retornar. Isso agora poderá ser feito tudo dentro do Hospital, evitando estas saídas e até mesmo o risco de infecção hospitalar. “Sem contar que estes deslocamentos envolvem os Bombeiros que fazem o transporte, desloca um técnico de enfermagem e, às vezes, até um médico”, explica Marcelo. O tomógrafo terá também um radiologista responsável, Filipe Casarin, que atuará no HNP. “É importante lembrar que a tomografia será para todos, SUS e convênio, e que este equipamento vai auxiliar em diferentes casos, até mesmo em acidentes, pois ele ajuda a identificar lesões internas não visíveis”, complementa Daniela.