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Vereadores de Ivoti usam desejo de grávida para mudar projeto de medicamentos

05/03/2020 - 16h13min

Projeto está em discussão na Câmara de Vereadores de Ivoti (Créditos: Ana Veiga)

Ivoti – Desde que apresentou o projeto de lei que prevê a proibição da venda de medicamentos em bares, armazéns e similares, a vereadora Rafaella Lima (PSD) tem encarado críticas e elogios. Nesta semana, foi a vez de quatro vereadores apresentarem uma emenda para modificar o projeto.

A sugestão dos legisladores da Comissão de Constituição e Justiça é que a proibição seja apenas para remédios que precisam de receita médica.  A emenda é assinada pelo presidente da Comissão, Jânio Droval (Russo – PDT), Satoshi Suzuki (PP), Marli Heinle Gehm (MDB) e Márcio Guth (MDB).

Na justificativa, eles explicam que a mudança é para atender o livre comércio. “Possibilitando prerrogativa aos moradores de Ivoti escolherem onde preferem comprar medicamentos que possuam características ou atributos de estarem isentas de prescrições médicas”.

GRÁVIDAS

Sobre o projeto, o primeiro argumento na justificativa fala de mulheres grávidas. “É de domínio público que mulheres grávidas necessitam comprar sorvete em farmácia e os seus cônjuges, aspirina em bares e botecos”, consta.  Quando essa justificativa foi lida na Câmara, alguns vereadores deram risada.

Satoshi explicou que, inicialmente, se pensou em ‘deixar cada um no seu canto’, ou seja, quem vende medicamentos não pode vender comida e quem vende comida não poderia vender medicamentos. Isso, ainda na visão dele, atingiria uma drogaria de Ivoti que comercializa sorvete. “Mas, escutando a comunidade, talvez pessoas queiram comprar leite de madruga e precisam ir na farmácia. E talvez, a pessoa está no bar e de repente quer comprar uma aspirina”, comentou.

 

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