Conecte-se conosco

Cadernos

Automedicação, um risco à sua saúde

25/09/2019 - 11h29min

O Brasil é campeão da automedicação. Genéricos ou de marca, com ou sem prescrição, comprados em farmácias reais ou virtuais, o que não faltam são opções de medicamentos e diversas facilidades para adquiri-los, até mesmo no conforto de casa, sem precisar se locomover. Mas atenção com o risco da automedicação. “O uso de medicamentos sem prescrição ou supervisão médica pode causar danos à saúde. Há a possibilidade de mascaramento dos sintomas de doenças potencialmente graves, interação medicamentosa com outras substâncias e causar inclusive intoxicações”, alerta o médico Dr. Leonardo Castilho, que em Ivoti, atende no Pronto Atendimento Mais Vida.

Segundo ele, atenção especial deve ser dada a pacientes idosos e a portadores de outras doenças crônicas (doenças cardiovasculares, diabetes, asma, entre outros), pois nesse cenário há uso regular de outras medicações, o que aumenta a possibilidade de interações medicamentosas. Outro evento que ganha cada vez mais importância é o uso inadequado de antibióticos, que sabidamente causa seleção de bactérias resistentes e acaba prejudicando a eficácia de tratamentos futuros. Recentemente, providências foram tomadas contra o abuso dos antibióticos. Hoje, sua venda é controlada e somente realizada mediante retenção de uma via da receita médica.

Frequente em crianças

A automedicação em crianças também é frequente e feita principalmente com analgésicos e antitérmicos, porém, essas medicações não são isentas de riscos e podem causar reações alérgicas, interações medicamentosas e dar a falsa impressão de melhora dos sintomas. “O ideal é que pais levem seus filhos para consultas de puericultura regularmente e que o tema seja abordado com o Pediatra assistente”, orienta o profissional. Crianças com queixas agudas devem consultar nos serviços de emergência.

Uso de medicações controladas

Medicações controladas como as de receita azul ou especial, utilizadas para tratamento de depressão, ansiedade e alterações do sono, entre outras, são substâncias que têm ação no sistema nervoso central e risco de dependência física e psíquica e podem inclusive piorar os sintomas quando utilizados de maneira inadequada e sem supervisão médica. “Medicações dessa classe exigem controle e acompanhamento mais rígidos durante sua utilização.” O médico destaca que medicamentos dessa classe que eventualmente sobrem após o tempo de tratamento sejam descartados na Farmácia Básica Municipal ou na Unidade Básica de Saúde Mais Próxima de sua Residência, conforme orientação da Secretaria de Saúde de Ivoti.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.