Colunistas
Um para cada cinco ou seis funcionários
O prefeito de Ivoti decretou luto oficial de três dias devido ao falecimento do diretor de Trânsito, Edson Rodrigues, que morreu atropelado momentos antes do jogo do Inter contra o River no Beira Rio. Um vereador não gostou e protestou na tribuna da Câmara Municipal. É o direito dele. Aquele espaço ali é reservado justamente para este tipo de posicionamento. Ninguém é obrigado a gostar. De um lado ele até tem razão. Muitos servidores da Prefeitura já morreram e não receberam nenhum tipo de consideração oficial do Município. Entende-se a dor da família por causa da fatalidade que aconteceu.
MINUTO
No Gre-Nal realizado domingo no Beira Rio foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao diretor de Trânsito. Ele era colorado de quatro costados e a homenagem foi justa. Afinal, os clubes de futebol são feitos pelos seus torcedores como ele. Quando acontece uma fatalidade como esta minutos antes de jogo do clube e nas imediações do estádio, isto tem que ser reverenciado. Bela atitude do Internacional. Um torcedor seu, que é a razão de ser do clube, morreu em dia de jogo. Ele não teve a sorte de soltar o seu grito de apoio ao time dentro de campo porque estava naquela hora no Pronto Socorro entre a vida e a morte.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Esta história da audiência pública sobre o Plano Diretor realizada na noite de ontem merece ser analisada com a parcimônia que lhe cabe. Isto porque outro dia questionei o fato de se realizarem várias audiências públicas e ninguém sabe direito para que servem. No fundo não servem para nada. São os vereadores que tem o voto soberano e na hora de votar eles o farão com a sua cabeça e de mais ninguém. Vocês acham que alguém vai respeitar o resultado de um debate que se chama audiência pública só porque parece à priori democrático. A ideia como ideia é boa, faz todo sentido. Só não sei porque se aplica apenas na hora de votar as regras que norteiam a nossa vida como cidadãos quanto o uso do solo urbano, da altura dos edifícios, do uso obrigatório de cisternas e por aí vai. Quando o assunto diz respeito ao funcionamento da máquina pública, aí não existe audiência pública.
EXEMPLO
Por exemplo, quantos funcionários são necessários para a Prefeitura funcionar. Qual a carga horária dos funcionários. Se o pessoal das Obras tem que trabalhar 44 horas, porque os funcionários administrativos só trabalham 30 ou 32 horas? Tem gente que nem isso. Porque esta dicotomia entre iguais. Podia o prefeito mandar um projeto de lei para a Câmara de Vereadores a fim de modificar o Regime Jurídico Único dos funcionários e se chamar 10 audiências públicas ao redor de Ivoti para debater o assunto. A Prefeitura tem cerca de 900 funcionários, há necessidade para tudo isso? Mais de 100 são estagiários. E o número de funcionários por aluno nas escolas municipais não passa de 5 a 6. Um absurdo, para cada 5 ou 6 alunos nas escolas tem um funcionário ou professor. A média mundial fica entre 15 e 20. A legislação enrijecida e paranóica que fizeram nas últimas décadas fez com que chegássemos a este ponto.