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Prefeita Mara e ex-vice Adriano falam sobre as expectativas para as eleições 2020 em Herval
Santa Maria do Herval – “Nem sim, nem não”, com esta frase a prefeita Mara Stoffel (PDT) responde a pergunta se é ou não candidata a reeleição. Além dela, dando continuidade à série de reportagens sobre as eleições de 2020, a reportagem entrevistou o seu último oponente, Adriano Lechner, que adiantou que não será candidato a prefeito em 2020.
Questionada se já pode ser considerada candidata à prefeita para as próximas eleições, a prefeita Mara não confirmou se vai ou não concorrer. “Ainda não tem nada definido. Mas, sendo bem honesta, se essa coligação se manter, não vai ter para ninguém”, disse.
Durante sua fala, Mara destacou os trabalhos feitos pela Administração atual e a incerteza em relação ao que pode vir depois das eleições. “A cadeira pesa muito, mas, quando temos ação e, principalmente, estando com a casa em dia, só se vai em frente. Então, só de pensar em largar tudo o que estamos fazendo na mão de alguém dá um certo dó”, disse, destacando o plano de governo, onde considera que já foram atingidos bons percentuais. “Já atingimos 80% e temos mais um ano pela frente. Tem, inclusive, coisas que não estavam na proposta de governo e que estamos conseguindo fazer. Isso é muito gratificante. Naquilo que me é permitido e dentro do orçamento que temos, considero que estou administrando muito bem. Equilibramos a parte de finanças, e conseguimos proporcionar melhorias para a comunidade, valorizando também o contexto cultural. No geral, eu acho que a gente está muito bem. Sou apaixonada por Santa Maria do Herval, então a gente sempre olha com o olhar positivo”, disse.
Coligação
Questionada se a atual coligação vai se manter, Mara disse que, no que depender dela, sim. “Mas tem alguns empecilhos no caminho, principalmente, a sede de poder, que eu não tenho”, destacou a prefeita. “Eu vim para trabalhar, para fazer, sou assim. Só que dentro do contexto geral, existe o ego, o status, essas coisas que são ninharias para mim, mas, para eles, são fundamentais, e eles lutam, mas não tem a visão que eu tenho”, disse.
Adriano adianta que não será candidato
Candidato pelo PSDB a prefeito em 2016, sendo derrotado por uma diferença de 157 votos, Adriano Lechner garantiu que o partido vai ter nomes para compor uma candidatura majoritária nas eleições do ano que vem. “Temos nomes com potencial, que são, inclusive, bem conhecidos pelos nossos munícipes. Temos também excelentes nomes para vereadores”, disse, esclarecendo que não será candidato a prefeito, mas destacou que vai participar da escolha dos candidatos. “No momento, quero me dedicar a minha família, minha empresa e cuidar da minha saúde”.
Questionado se a coligação vai se manter, Adriano falou que ainda é muito cedo para falar. “Mas estamos abertos ao diálogo, independente da sigla partidária”.
Fazendo parte da oposição, Adriano também falou da atual administração. “É uma administração sem capacidade para que o município cresça e se desenvolva. Vejo que a preocupação maior é contratar pessoas”, alfinetou, dizendo que a “Prefeitura virou um cabide de empregos”. Segundo ele, a prefeita “é acomodada, não sai do município em busca de recursos e parcerias para melhorar o Herval, ao contrário dos municípios vizinhos”. Ele disse lamentar “terem deixado de lado o projeto que estava em andamento, e praticamente concluso, como a área superior da cascata”.
“Não vimos grandes obras”
Em sua entrevista, Adriano foi mais longe: “Nesses três anos, não vimos grandes obras acontecer. As poucas pavimentações que foram feitas, tiveram um custo muito alto para os moradores. Vejo uma falta de atitude para resolver os problemas, um exemplo é a cobertura da quadra da Escola Maurício Cardoso, em Padre Eterno Baixo, caída há quase um ano”. O ex-candidato a prefeito, disse, ainda, que a carregadeira está abandonada na pedreira, existe falta de manutenção das pirâmides (estruturas adquiridas em seu mandato com o lucro da Festa da Batata e que eram cedidas às comunidades) e que falta de incentivo para a indústria e comércio.
Em tempo: Na próxima matéria, acompanhe a entrevista com o presidente do MDB, Derly Basségio. Inclusive, na parte 1 foram entrevistados os presidentes de partidos, Felix Alles (PDT), Ivonei Liskoski (PTB) e Pedro Seibert (PT). Outros presidentes foram convidados e ainda não se manifestaram, portanto, ficam para a sequência desta série.