Conecte-se conosco

Polícia

Sossego nem depois da morte: criminosos atacam cemitério no interior de Morro Reuter

01/08/2022 - 16h22min

Atualizada em 01/08/2022 - 16h25min

Criminosos voltam a atacar cemitérios. Desta vez, no Frankental (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Morro Reuter – A ousadia dos criminosos nos furtos em cemitérios está indo cada vez mais além. No domingo, 31, atacaram o Cemitério Católico de Frankental. Diante de tantas ocorrências na região a comunidade nunca havia sido alvo, até agora.

Desta vez o alvo foi o Cemitério Católico do Frankental (Créd. Cleiton Zimer)

De acordo com os moradores a suspeita é que o crime possa ter sido cometido em plena luz do dia. Durante a manhã de domingo havia pessoas no local e nada de errado foi constatado. Desta forma acreditam que a ação tenha ocorrido durante o meio-dia, ou logo após.

A Brigada Militar (BM) foi acionada e foi ao local para registrar a ocorrência. No total contabilizaram 26 túmulos violados. Levaram crucifixos, letreiros, fotos, molduras. Atacaram desde os jazigos mais novos aos antigos, levando peças em metal que são históricas – como santos.

Apressados?

Chamou a atenção o fato de algumas peças bem visíveis e de fácil acesso não terem sido levadas, nem sequer forçaram-nas para retirá-las dos túmulos. Acredita-se que os bandidos tenham cometido o ato com certa “pressa” e com medo de serem vistos.

Preocupação na região

Ladrões violaram até mesmo túmulos históricos (Créd. Cleiton Zimer)

Entre o final do ano passado e janeiro de 2022 vários cemitérios da região foram alvos de bandidos. Em Morro Reuter atacaram em Walachai e Picada São Paulo. Em Santa Maria do Herval, em Padre Eterno Baixo, Alto e Ilges. Também agiram no município de Picada Café. Tudo isso em questão de semanas.

Várias famílias foram prejudicadas, cujo transtorno vai muito além do impacto financeiro de ter que recolocar as peças. A sensação de violação de algo tão íntimo gera revolta, tristeza, de não ter nem sequer o descanso eterno dos que partiram respeitado.

Diante de todos este histórico a preocupação agora é: será vai acontecer um novo arrastão?

Foram levados letreiros, molduras, argolas e crucifixos (Créd. Cleiton Zimer)

Um problema grave

Em alguns casos há familiares que moram distantes e nem sequer ficam sabendo dos furtos. Outros, já desmotivados pelas várias ocorrências, não pensam em arrumar os túmulos antes que haja uma solução.

Desta forma, entre uma e outra ação, importantes registros históricos estão se perdendo, talvez, para sempre.

Muitas famílias estão optando por outros tipos de materiais que não chamem a atenção dos bandidos.

De acordo com o delegado Felipe Borba, de Dois Irmãos, até o momento não há suspeitos de envolvimento nestes crimes.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.