Foto antiga mostra suspeita ao lado de sogra e um bolo semelhante ao envenenado

Torres – Uma foto postada no ano de 2021, por Zeli dos Anjos, traz a confirmação de que o preparo do bolo, que causou mal estar e morte, era uma tradição para as festas familiares de fim de ano. Zeli, vítima de envenenamento, que permanece internada, preparou um bolo para as festividades natalinas de 2024, sem imaginar que a farinha usada estava contaminada por arsênico. Estavam presentes sete pessoas no momento da refeição, com as seis que consumiram o doce, passando mal em seguida. Inclusive, a autora do preparo, foi a única que teria comido dois pedaços. 

A atual suspeita do crime, presa temporariamente no último domingo (5), é Deise, integrante da família, que segundo a apuração da polícia, tinha divergências com Zeli, sua sogra. Foi encontrado em seu telefone, pesquisas sobre o arsênio na internet, realizadas, aproximadamente, um mês antes do acontecido.

O registro da confraternização da família, postada cerca de três anos antes do ocorrido, mostra ambas, Denise e Zeli, ao lado de um bolo similar ao envenenado, sendo de conhecimento de amigos e familiares que a realização da receita era um hábito de suas festas.

O alimento contaminado matou Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, de paradas respiratórias, e Neuza Denize Silva dos Anjos, que teve como causa da morte divulgada “choque pós-intoxicação alimentar”. As vítimas apresentavam concentrações altíssimas de arsênio nos corpos; em uma delas, foi analisada uma quantidade equivalente a 350 vezes a necessária para levar a óbito.

Deise Moura dos Anjos, está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres e responde por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno, e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. A Polícia Civil ainda investiga quem era seu alvo ao envenenar o bolo, como ela obteve o arsênio e em que momento ele foi colocado na farinha.