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Nossos políticos são assim

19/11/2019 - 09h54min

PAVIMENTAÇÕES

Se a coisa pública não gastasse 80% do que arrecada com o pagamento de aposentadorias e salários, o povo brasileiro sentiria com mais clarividência onde ia o dinheiro dos seus impostos. Isto é ponto pacífico. O Brasil é um caso à parte no mundo, gastando mais de 80% de tudo que arrecada com salários. Pode: é impressionante o país ter chegado a este ponto sem ninguém fazer nada. E a classe dos privilegiados ainda acha que podem continuar sugando o que não existe. O Estado tem um déficit de 5 bilhões por ano e ainda acham que não tem nada a ver com isso. Entenderam bem? O Estado gasta 5 bilhões a mais do que arrecada. Com isso a dívida cresce a cada ano 5 bilhões e mais os juros. É a falência total. Foi só anunciar uma reforma
para equilibrar as contas, reparem bem, não para ter superávit, e no primeiro dia tem greve marcada. Ainda bem que a maioria das pessoas não aderiu porque sabem que não tem dinheiro para manter a atual estrutura de gastos. As escolas da região pelo
menos até o momento não aderiram a greve. O problema não é só dos funcionários estaduais. É do povo gaúcho, que paga impostos e não vê mais o retorno do dinheiro em forma de prestação de serviços. O Estado está quebrado e as reformas apresentadas na semana passada pelo governador deveriam ter sido feitas há 30 anos. Nossos políticos são assim. Só agem quando não tem mais saída. Antes tarde do que nunca.

PRÓXIMO

A atual presidente da Câmara de Vereadores é Marli Heinle Gehm. Aliás, por falar em Marli, ela parece aqueles sujeitos chamados de ministros do Supremo, que estão lá há 20 anos e vão se aposentar só aos 75. A trajetória dela como vereadores é igual com a diferença de ter sido eleita pelo povo e não indicada pelo presidente da República e referendada pelo Senado.
Marli vai sair agora no final do ano da presidência da Casa e não se sabe quem será a sua substituta. Ao que tudo indica será novamente Borracheiro, que já dirigiu a casa nesta legislatura. Há muita cisão na Câmara Municipal, não há uma nítida divisão entre situação e oposição. Tem aqueles que sempre estão em cima do muro e colocá-los na presidência é um risco. Depois tem o seguinte: no ano que vem tem eleições. E alguns deles estão no páreo para concorrer. É engraçado. Todo mundo se queixa do mandato de prefeito, mas quase todos concorrem para a reeleição. Só não concorrer quem não tem chances de se eleger.

MOSQUINHA

Eles são picados pela mosquinha de ter sido colocado lá pelo voto do povo em detrimento de outros. É uma bela massagem no ego. Tem os ônus e os bônus. Os ônus todo mundo sabe. Não é fácil ser prefeito por causa da pressão que vem de todos os lados. Deve dar muita dor de cabeça. Por outro lado tem o bônus, que é um salário bom e algumas mordomias que nós não temos. Quando viajamos para Brasília ou outro lugar, temos que pagar do nosso bolso. Um prefeito não, tem tudo pago através das diárias. Como tudo, tem os dois lados.

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