Conecte-se conosco

Estado - País - Mundo

A empresa que começou no porão de casa em Herval e conquistou todo o Estado

13/05/2022 - 13h41min

Atualizada em 13/05/2022 - 13h58min

Empresa começou no porão de casa e hoje conta com uma ampla estrutura em Boa Vista do Herval (Créd. Divulgação)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Desde os 18 anos Alexandro Eich sempre trabalhou no comércio de carnes. Inicialmente como motorista, puxando bois com caminhões para uma empresa de Herval e, posteriormente, em Sapiranga.

Ao longo de toda a sua trajetória, além de trabalhar, aproveitou cada oportunidade para somar experiência no mercado e, em 2006, começou a empreender junto com a família. Primeiro abriram um açougue. Depois, em 2007, mudaram um pouco o rumo da trajetória e, no porão de casa, iniciaram o projeto que resultou na Embutidos Berg: hoje reconhecida em todo o Estado e até fora dele por sua qualidade e diferencial em cortes suínos e embutidos.

Alexandro lembra que o primeiro funcionário foi Luis Carlos Arnold, o popular Tucano – que até hoje permanece junto deles assim como vários outros funcionários que fazem parte da trajetória desde o início.

A família recorda da primeira calabresa feita naquele porão de casa. A esposa Fabiana Foppa Bassegio e a filha Andressa Bassegio Eich ajudaram e, inclusive, foram as primeiras a experimentar e aprovaram a iguaria.

Qualidade da Berg é reconhecida em todo o Estado (Créd. Divulgação)

Através dos clientes, da parceria e da credibilidade que construíram ao longo dos anos, começaram a ingressar no mercado na região de Porto Alegre, Gravataí e Cachoeirinha. O primeiro veículo foi uma Fiorino e, com ele, desbravaram as praças e conquistaram o paladar da clientela.

Cada vez mais a demanda foi aumentando. Mais colaboradores foram contratados e, em 2011, o porão de casa ficou pequeno demais.

O surgimento do nome Berg

Decidiram então ir para um estabelecimento em Walachai, Morro Reuter, já adaptado para este processo. Inicialmente trabalharam em parceria com proprietário do local: ele tinha o registro e Alexandro e a família a venda.

O espaço comportava equipamentos e estrutura adequada, permitindo a ampliação da produção. Mais colaboradores vieram, gerando emprego e renda. “Ficamos na sociedade por dois anos. Depois alugamos dele e seguimos sozinhos”, lembra Alex.

Apesar de a história ter começado em 2007, foi em Walachai e a marca tomou forma. “Lá que surgiu o nome Berg”, explica Alex.

O trabalho e a qualidade da Berg seguiu ganhando espaço, sendo reconhecido em mais regiões assim como em Santa Maria do Herval. E, mais uma vez, o futuro mostrava-se à vista e ampliações foram necessárias.

Não tinha mais espaço em Walachai. Desta vez o desafio foi maior: o de construir a sede própria. Em 2019 iniciaram o prédio em Boa Vista do Herval, onde estão instalados desde 2021.

Consolidando a sede própria em Boa Vista do Herval

Alex conta que, no começo, a ideia era fazer todo o processo: desde a parte do frigorífico, abate, até a indústria. “Mas em conversa com quem tem frigorífico e conhece todos os encargos, resolvemos construir a fábrica. Compramos os porcos e a gente faz todo o processo”.

Logisticamente, poderiam ter escolhido outra região para construir a fábrica, mas optaram por Boa Vista do Herval justamente pelos funcionários serem de Herval e Walachai e, assim, trouxeram consigo toda a equipe. “Fui olhar em outros lugares, seria bom ir para outros pontos mais estratégicos. Mas como toda esta turma vem comigo, ajudando a construir tudo desde o início, pensamos nisso também”.

Desta forma, no início do ano passado vieram para Boa Vista. Um prédio amplo e que atende todo o processo. Em março a Berg recebeu o registro SISBI – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – que padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar.

Desafios

Alexandro contra que o maior desafio ao longo destes anos foi construir o novo prédio. “Se tivesse acontecido a pandemia um ano antes a gente não teria conseguido; quando começou a estrutura com os ferros e maquinário que tem lá dentro, no pavilhão, estava tudo feito”, analisou, avaliando o preço dos produtos que aumentaram.

Um negócio de família

Anderson, Fabi, Alex e Andressa coordenam a empresa; no registro, toda a família (Créd. Arquivo pessoal)

A empresa é dirigida pela família: Alexandro, a esposa Fabi, a filha Andressa e seu marido Anderson Bauer. “Mas tudo é possível graças aos colaboradores. Assim com eles dependem do emprego, nós dependemos deles para produzir”, destaca Andressa.

Hoje atendem todo o Estado, além de Santa Catarina e São Paulo. Produzem calabresas, linguiças com e sem pimenta, com queijo, salsichão e muito mais.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.