Lula x Bolsonaro: Presidência da República será definida em segundo turno

Polarizada e acirrada, a disputa pela Presidência da República será definida em segundo turno. Como já era esperado pelos eleitores de todo o país, o cargo terá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL).

As pesquisas eleitorais, que indicavam a possibilidade de vitória em primeiro turno do candidato do PT, não confirmaram nas urnas os prognósticos. Bolsonaro chegou a liderar as apurações e foi superado somente com o ingresso dos resultados do Nordeste.

No Rio Grande do Sul, onde as pesquisas indicavam empate técnico, Bolsonaro ficou cerca de 8% dos votos a frente do petista. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o atual presidente também liderou.

LULA

Mais votado do país no primeiro turno, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente da República em 2002 e reeleito em 2006. Atualmente com 76 anos de idade, de origem humilde, migrou ainda criança de Pernambuco para São Paulo com sua família. Foi metalúrgico e sindicalista, época em que recebeu a alcunha “Lula”. Durante o regime militar, liderou grandes greves de operários no ABC Paulista e ajudou a fundar o PT, em 1980, durante o processo de abertura política.

Lula foi uma das principais lideranças do movimento Diretas Já, no período da redemocratização, quando iniciou sua carreira política. Elegeu-se em 1986 deputado federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu pela primeira vez à presidência da República, perdendo no segundo turno para Fernando Collor de Mello.

Foi candidato a presidente por outras duas vezes, em 1994 e em 1998, perdendo ambas as eleições no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso. Venceu a eleição presidencial de 2002, derrotando José Serra no segundo turno, sendo empossado em janeiro de 2003. Na eleição de 2006, foi reeleito ao vencer no segundo turno contra Geraldo Alckmin.

BOLSONARO

Eleito para a presidência em 2018 com 55,13% do eleitorado brasileiro Jair Messias Bolsonaro disputa a reeleição. Sua carreira política começou em 1988, quando concorreu à Câmara Municipal do Rio de Janeiro e conseguiu uma vaga no Legislativo da cidade. Em 1990, dois anos depois de eleito, conquistou o primeiro dos sete mandatos consecutivos no cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Em 2014, foi o mais votado no Rio de Janeiro na disputa pela Câmara Federal, com 464.565 votos – conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seus mandatos parlamentares, destacou-se especialmente pela defesa dos direitos dos militares ativos, inativos e pensionistas.

Em sua carreira política, defendeu a redução da maioridade penal, o direito à legítima defesa e a posse de arma de fogo para cidadãos sem antecedentes criminais. Também atuou em favor de medidas para garantir a segurança jurídica das ações policiais. É o idealizador de uma proposta para tornar obrigatório o voto impresso no Brasil, medida que ele acredita que contribuirá para a realização de eleições mais confiáveis e passíveis de auditagem.