Megaoperação contra empresários suspeitos de liderar o tráfico tem alvos em Estância Velha

Estância Velha – Uma operação policial conjunta entre policiais civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, em colaboração com agentes do Ministério Público gaúcho (MPRS), está em andamento nesta terça-feira (29) em 18 municípios. A operação, denominada “Operação Turrim,” tem como alvo dois empresários irmãos, um do ramo de compra, venda e aluguel de imóveis e outro do ramo gastronômico, que atuariam junto com um apenado que seria responsável por repassar as ordens da dupla para dezenas de suspeitos envolvidos no esquema criminoso. Os dois supostos líderes são da cidade de Torres, mas estariam atuando no tráfico em toda a região.

A ação se concentra principalmente no Litoral Norte do Rio Grande do Sul e no Litoral Sul de Santa Catarina. Cerca de 300 policiais civis e membros do Ministério Público estão cumprindo 65 mandados de prisão. A investigação teve início com a delegacia local em junho do ano passado e contou com a participação da 2ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

Destaca-se que a operação possui ramificações em Estância Velha, assim como em outras cidades como Torres, Mampituba, Três Cachoeiras, Capão da Canoa, Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão, Alvorada, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Campo Bom. Além disso, um mandado está sendo cumprido na Penitenciária Modulada de Montenegro, no Vale do Caí, onde está o apenado apontado como gerente do tráfico dos suspeitos.

Até o momento, a operação já resultou na prisão de pelo menos 52 pessoas, na apreensão de veículos de luxo, armas, drogas e celulares, bem como no bloqueio de contas bancárias dos investigados. A operação é conduzida pelos delegados Rafael Liedtke, do Denarc, e Marcos Veloso, de Torres.

A ação conjunta entre as forças policiais do RS e de SC busca desarticular um grupo criminoso suspeito de envolvimento em pelo menos cinco homicídios nas regiões onde atua. A operação conta com apoio aéreo do Estado vizinho de Santa Catarina, visando a evitar que esse esquema se torne um poder paralelo na região.