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Estanciense expõe dificuldades da falta de horários de ônibus
Estância Velha – A equipe do Jornal O Diário foi contatada nesta semana pela moradora Adriana Hanauer, que relatou um problema que também é a queixa de outros estanciences: a escassez de horários no transporte público.
Adriana, de 56 anos, trabalha numa clínica de saúde no Centro do município e reside no bairro Boa Saúde, próximo à divisa entre Novo Hamburgo e Estância Velha. Segundo ela, os horários de ônibus disponíveis no bairro são só no início da manhã e final da tarde.
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“Trabalho há 20 anos em Estância Velha, nunca tive dificuldade para pegar ônibus. Agora, com essa pandemia, já gastei todas as minhas economias com transporte por aplicativo para ir para casa”, se queixou Adriana.
CONTRAPONTO
O Gerente da Viação Montenegro, Alcides Azevedo, informou à reportagem do Diário que alguns dos horários estão sendo retomados sob demanda. Ele conta que é feito um monitoramento dos pedidos da comunidade em geral, bem como do comércio e algumas empresas que trabalham fora dos horários de pico.
“Tivemos uma perda de mais de 90% dos usuários com a pandemia, fato este que aumentou o déficit já apresentado antes de março”, destacou Azevedo, que explicou que antes mesmo da pandemia a empresa havia solicitado um reequilíbrio do contrato com a prefeitura. Segundo ele, o contrato já estava desbalanceado.
O gerente ainda falou sobre o repasse que seria feito por parte do Governo Federal, uma verba para auxiliar o transporte público em meio a pandemia, e que foi reprovado pela Câmara de Vereadores do município.
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Azevedo defende que “a verba seria tanto para manutenção dos horários atuais, como também constava no projeto um possível acréscimo de novos horários”.
Ele afirma que as novas linhas seriam inicialmente em caráter experimental, de 14 dias, com uma demanda mínima de 60% da capacidade do veículo. “Ou seja, tinha sim a garantia de novos horários, desde que houvesse demanda”, complementa o gerente da Viação Montenegro.
Alcides Azevedo encerrou dizendo que algo precisa ser feito em relação ao transporte público pelo próximo chefe do executivo. “Se o executivo não tomar uma ação em prol do transporte público no município, ele (transporte público) vai acabar”.