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Jovem de Santa Maria do Herval leva inclusão e sustentabilidade aos EUA

21/01/2025 - 08h48min

Um dos projetos é o Amigos Inclusivos, que busca adaptar brinquedos para crianças com deficiência (FOTO: Arquivo pessoal)

Laura está entre os cinco embaixadores escolhidos para representar o país em evento no exterior

Laura Eduarda Mallmann Kieling, 23 anos, moradora de Santa Maria do Herval e estudante de Políticas Públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi escolhida como uma das cinco embaixadoras da Brazil Conference at Harvard & MIT 2025.

O evento, reconhecido por reunir lideranças brasileiras para debater desafios nacionais, será realizado de 10 a 15 de abril em Cambridge e Boston, com o tema “Uma Nova Década: Encontro de Gerações de Líderes”.

Atualmente no 4º semestre da graduação, Laura é bolsista de Iniciação Científica no Núcleo de Pesquisa em Gestão Municipal (Nupegem) e desenvolve estudos sobre políticas públicas voltadas à gestão de desastres e inclusão social.

Durante o rigoroso processo seletivo, que contou com mais de 800 candidatos, Laura destacou-se por sua trajetória e dois projetos de relevância social: Amigos Inclusivos, que adapta bonecos para crianças com deficiência, e Diagnósticos para Enfrentamento de Desastres Ambientais, uma análise das capacidades organizacionais de municípios em crises climáticas.

Enfrentamento de problemas reais

A seleção para a Brazil Conference envolveu três etapas. Na primeira fase, os candidatos enviaram formulários detalhando suas iniciativas. Os aprovados participaram da segunda etapa, que exigiu um vídeo apresentando projetos e trajetórias pessoais. Apenas 50 pessoas chegaram à última fase, onde foram entrevistadas por organizadores do evento. “Eles queriam entender não só os projetos, mas também nossas histórias e por que deveríamos ser escolhidos“, explicou Laura.

Ao falar sobre os critérios de seleção, a estudante destacou que a ênfase estava no impacto social das iniciativas. “Os projetos precisam resolver problemas reais e gerar transformação. Além disso, é essencial que os candidatos demonstrem liderança e envolvimento.”

Projetos apresentados

O Amigos Inclusivos, fundado por Laura, nasceu de uma experiência pessoal. Diagnosticada com a doença de Wilson aos nove anos, ela desenvolveu empatia pelas dificuldades enfrentadas por crianças com deficiência. A iniciativa adapta bonecos para representá-las, promovendo inclusão e conscientização em escolas. “Começamos com impressão 3D, mas o projeto cresceu para ações educativas em sala de aula. Espero expandi-lo ainda mais com os aprendizados e conexões que farei na conferência”, disse Laura.

Já o Diagnósticos para Enfrentamento de Desastres Ambientais foi criado durante enchentes no Rio Grande do Sul, em colaboração com o Nupegem. O projeto analisa características socioeconômicas e territoriais de municípios para orientar gestores na formulação de políticas públicas. “O objetivo é garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente, resolvendo problemas de maneira eficaz“, afirmou.

Expectativas para a conferência

Laura revelou entusiasmo em participar do evento, que contará com painéis ministrados por personalidades da política, cultura e academia. “É uma oportunidade única de aprender e trocar experiências com líderes renomados. Também espero estabelecer contatos que possam apoiar os projetos que desenvolvo“, comentou.

Além disso, a jovem enfatizou o simbolismo de representar sua cidade natal, Santa Maria do Herval, e a UFRGS em um dos maiores fóruns internacionais. “É uma honra levar o nome da minha comunidade e da universidade para um espaço tão prestigiado. Quero mostrar que projetos com impacto local podem inspirar transformações globais.”

Planos futuros

Após a conferência, Laura pretende ampliar o alcance do Amigos Inclusivos, buscando parcerias e patrocinadores. Quanto ao projeto de diagnósticos, ela deseja sensibilizar gestores públicos sobre a importância de políticas preventivas em desastres climáticos. “Políticas públicas bem desenhadas são fundamentais para enfrentar crises e incluir todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis“, concluiu.

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