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Polícia

Criminoso que matou mulher em Três Coroas é preso após tentar cortar o próprio pescoço e braços

20/05/2025 - 15h55min

Após cometer o crime, o assassino tentou tirar a própria vida.

Três Coroas – O autor do feminicídio que vitimou Juliana Thais Mateus, de 40 anos, foi preso no fim da manhã desta terça-feira (20), poucas horas após o crime. Ederson Jesus da Silveira, de 42 anos, foi localizado depois de tentar tirar a própria vida utilizando um estilete. Ele cortou o pescoço e os braços, sendo socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Centenário, em São Leopoldo.

Juliana Thais Mateus foi vítima de feminicídio, segundo a polícia — Foto: Arquivo Pessoal

Conforme o delegado Ivanir Caliari, o homem foi identificado pela equipe médica da instituição, que acionou imediatamente a Polícia Civil. Após ser atendido e liberado pelos médicos, Ederson foi preso preventivamente e levado à delegacia de Três Coroas, onde foi formalizada sua prisão.

O crime ocorreu no bairro Campina, onde Juliana foi morta a facadas dentro de casa. A mãe da vítima, Zilma Damiani, de 68 anos, também foi esfaqueada e encaminhada em estado grave ao hospital de Canoas, com ferimentos no abdômen. Seu quadro de saúde é estável, e ela permanece sob observação.

A Polícia Civil revelou que Juliana havia denunciado o ex-companheiro apenas três dias antes do crime. Ela registrou boletim de ocorrência por ameaça, tentativa de asfixia e agressão com faca. Em razão disso, uma medida protetiva de urgência estava em vigor desde a última sexta-feira (16). Ainda assim, a proteção não foi suficiente para impedir a tragédia.

Entre 2022 e 2024, 265 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Sul, segundo dados oficiais. Mais de 200 dessas vítimas eram mães, o que resultou em 456 filhos órfãos. O caso de Juliana amplia essa estatística alarmante e reacende o alerta sobre a urgência de reforçar os mecanismos de proteção às mulheres em situação de violência.

Denuncie a violência doméstica

  • Se estiver ocorrendo no momento, ligue 190 (Brigada Militar).
  • Se a violência já aconteceu, vá até a Delegacia de Polícia Civil mais próxima.

 

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