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Diário da Terceira Idade: ‘Paciência’ é o sorveteiro com a exclusividade mais mais antiga de Ivoti

23/03/2024 - 10h09min

‘Paciência’ recorda os primeiros tempos, quando ele e a esposa iniciaram com a sorveteria    Crédito: Cândido Nascimento
Há três décadas é servido o sorvete pelo comerciante e sua família

Por: Cândido Nascimento

Ivoti– Evaldo Ivo Wagner, 83 anos, nasceu em Taquara, onde trabalhou na agricultura até os 12 anos. Após a morte do pai, Júlio, a mãe, Ida Florentina, foi morar com os filhos em Novo Hamburgo. Evaldo casou com a ivotiense Clair Möehler em um baile, em sapiranga, e casaram em novembro de 1968. Eles são pais de Gilson, 56, e Gerson, 52, avós de Fernanda, 33, Daniel, 26, Gustavo, 24 e Fernando, 14.
O apelido ‘Paciência’ pegou quando ele ajudava o cunhado Neri na antiga Sociedade Atiradores, onde hoje está a Câmara de Vereadores. Ali ele servia chopp, bebidas e lanches. Tinha um grupo de pessoas embaixo de um pé de cinamomo, que aguardava o chopp, entre eles o Egon schneck (Schnekão). Como estava para chover, Evaldo esperou cair a chuva para que todos entrassem, pois não queria se molhar. Schneckão reclamou da demora em servir o chopp e disse “mas é uma paciência mesmo”.

SORVETERIA KIKA

Evaldo recorda que na década de 1986 ele a esposa iam todos os finais de semana com os filhos a Hamburgo Velho, na antiga Sorveteria Kika, no lugar que chamavam de ‘Maracanã’. Em um certo dia, o dono perguntou se ele tinha interesse em colocar uma sorveteria em Ivoti, e a resposta foi que pensaria no assunto. Como resultado, ele pediu para usar o nome Kika, recebeu dois freezers para armazenar os produtos e começou a servir sorvetes no atual endereço, na Presidente Lucena, 3615, em frente ao Hospital São José, de Ivoti. O início das atividades em Ivoti foi em 11 de novembro de 1988.
Era uma espécie de parceria, pois o dono da antiga Kika fornecia os sorvetes e ‘Paciência’ e a esposa Clair vendiam aqui. Em um determinado final de semana chegou a sexta-feira e o sábado e nada do fornecedor trazer o sorvete, que veio só no domingo. A partir daí o casal decidiu comprar uma máquina de fazer sorvetes em Porto Alegre, que foi a primeira da família. “Nesse caso fiz jus ao meu apelido, tive que ter muita paciência”, explicou.

TROCOU POR PASSAT

Anos depois adquiriram uma máquina nova, com cilindro automático, para fazer até 18 sabores, e que têm até hoje. A máquina na época foi trocada por um Passat de quatro portas. “No começo eu pedi ajuda para o sorveteiro Orlando Peteffi, de Novo Hamburgo, e fui buscar ele para que viesse até aqui e nos mostrasse como se fazia sorvete, então ele fez, depois explicou o processo de fabricação e aprendemos na hora. Quanto aos sabores, é o freguês qual o melhor sabor para fazer, pois é o que ele mais pede e é o que a gente faz”, destaca.
Tendo estudado até a 5ª série, que na sua época era o fundamental, ele diz tem a faculdade da vida, e que atrai o cliente é qualidade dos produtos, o bom atendimento e um ambiente limpo e agradável. É necessário prática no atendimento, mas é fundamental gerir o negócio, além de procurar manter o crédito. “Pois, sem crédito não é possível trabalhar”, explica ele.
A Sorveteria Kika tem um ambiente familiar e serve desde sorvetes, lanches, como bauru, xis, sanduíches e torradas. E também: açaí, café expresso e sucos. O atendimento é das 9h30 às 22h30, sem fechar ao meio-dia. O contato pode ser pelo fone: 3563-2076.

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