Região
Morro Reuter 32 anos – Esquadrias Büttenbender: 75 anos de história e desenvolvimento
Como a empresa familiar manteve-se aberta a inovações e tornou-se referência no mercado regional
Por Nicole Pandolfo
Quando Vicente Büttenbender deu o primeiro passo no ramo da marcenaria, a família de agricultores, com 9 filhos, se surpreendeu: “Meu pai e tio sempre contavam que um dia ‘deu uma louca’ no meu avô após uma colheita frustrada e ele disse pra minha avó: ‘eu vou começar uma fábrica de artefatos de madeira’”, conta Joel Büttembender, integrante da terceira geração de administradores da empresa que, em 2024, completa 75 anos.
A marcenaria, em Picada São Paulo
Era 1949, e Vicente percorria a região em uma bicicleta fazendo medições e anotando pedidos dos clientes. Natural do Walachai, escolheu as terras da família da esposa Wilma, em Picada São Paulo, para instalar a marcenaria que produzia o que fosse requisitado pelos clientes, desde cadeiras, mesas, até caixão: “Meu pai conta que quando falecia alguém na região, era trazido, com uma cordinha, o tamanho da pessoa que faleceu. Meu avô chamava os filhos para preparar o caixão, às vezes ainda de madrugada”, relembra Joel.
Seu Roque, um grande líder
Na época não havia eletricidade na região e o trabalho não seguia uma ordem ou uma linha de produção, cada marceneiro assumia a fabricação de uma peça do início ao fim. Seu Vicente incumbiu aos 5 filhos homens o trabalho na empresa, mas Joel conta que Roque, o filho mais velho, foi sempre o braço direito do pai Vicente: “O meu pai, Walter, trabalhou na produção e organizou os fluxos produtivos. O seu Roque ficava mais na parte gerencial e comercial, ele sempre foi a figura principal da segunda geração, sempre foi um grande líder”, lembra Joel, com carinho, do tio que faleceu há pouco tempo, aos 81 anos. “Ele era muito alto-astral, gostava muito da empresa, passava quase todo dia aqui. Sempre muito participativo.”
Esquadrias
Foi por volta dos anos 80 que a produção de esquadrias ganhou relevância e a empresa, que já estava sob o comando da segunda geração, tornou-se referência no mercado. Nos anos 90, iniciou-se um processo de produção mais industrializado, sem perder a essência familiar, mas agora com um fluxo de produção que dava conta do constante aumento da demanda que chegava de construções em Porto Alegre, São Leopoldo e Gramado, por exemplo. “Cada um passou a ser responsável por uma parte da produção”, conta Joel que, assim como os demais membros da família que trabalham na empresa, também iniciou no processo produtivo.
PVC
Até então, o foco da empresa era voltado para a produção de esquadrias em madeira, mas a Büttembender sempre esteve atenta às inovações. Em 2008, deu início à produção de esquadrias feitas de PVC, um polímero de maior densidade que confere às aberturas um melhor isolamento térmico e acústico. Joel e o primo Roger estiveram em uma feira especializada na Alemanha, em 2012, e identificaram o mercado promissor para o uso desse material em construções que cada vez mais buscam uma melhor adaptação às condições climáticas.
Lançamento: nova linha minimalista em alumínio
Para 2024, a empresa trará mais uma novidade: a Büttembender lançará uma linha minimalista em alumínio de alto padrão. Um novo conceito em esquadrias com perfis mais estreitos, dando maior espaço para o vidro. “O PVC é uma esquadria mais robusta, já o alumínio é um produto mais estrutural”, explica Joel. “Então, vai ser um produto que proporciona esse aspecto de bastante vidro, com pouco perfil, mas com vedação térmica e acústica também.”
A melhor solução
Com uma posição consolidada no mercado, a Büttembender possui clientes em Gramado, Canela, grande Porto Alegre, litoral, e em Florianópolis. Estar posicionado na BR 116 facilita o acesso a diversas regiões, já que a empresa oferece serviço completo de planejamento, produção das esquadrias, instalação e revisão. “Hoje a gente busca, como empresa, se tornar referência em esquadrias, indiferente do material, mas achando a melhor solução para o cliente, com padrão de qualidade elevado.”