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Sexta-feira Santa em Dois Irmãos: tempo de reflexão

15/04/2022 - 12h39min

Atualizada em 15/04/2022 - 12h47min

Imagens estão cobertas representando o luto pelo sofrimento de Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar os objetos sagrados cobertos do roxo, simbolizando a tristeza, a dor e a penitência (FOTO: Mauri Marcelo Toni Dandel)

Dois Irmãos – O templo da Paróquia São Miguel, assim como todas as igrejas cristãs, estão com as imagens cobertas. É um costume muito antigo na Igreja, a partir do quinto Domingo da Quaresma – também chamado de Primeiro Domingo da Paixão, na forma extraordinária do Rito Romano, (sendo o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Segundo Domingo da Paixão) – cobrir com pano roxo as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes ficam cobertas até o final da liturgia da Sexta-feira Santa, os quadros e demais imagens até a celebração da noite de Páscoa.

O sentido profundo desse ato de cobrir as imagens sacras, fundamenta-se no luto pelo sofrimento de Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar os objetos sagrados cobertos do roxo, simbolizando a tristeza, a dor e a penitência. O ápice do despojamento ocorreu após a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, quando retiram-se as toalhas do altar. A cruz coberta lembra a humilhação de Cristo, que teve de ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus.

 

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