Coluna Estância Velha
A saúde de Estância precisa de exames – muitos
O caso da estudante Sara Amaral – que morreu na madrugada de terça-feira, 3, no Hospital Municipal Getúlio Vargas – chamou a atenção de Estância Velha para o atendimento dentro da entidade de saúde. A falta de exames preliminares e a conduta de profissionais que atendem ao público podem ser consideradas, no mínimo, surreais em um ambiente hospitalar onde um grande número de pessoas busca por atendimento diariamente. Não sou médico, porém, acredito que por menor que possa parecer a situação nunca se sabe para onde esse caso pode caminhar e quanto o quadro pode se agravar, então, na minha percepção de leigo, exames nunca são demais se eles podem vir a salvar uma vida.
CONDUTA MÉDICA
Além disso, não deveria ser classificado como “conduta médica” a não solicitação de exames preliminares aos pacientes que passam pelo Hospital Municipal. A conduta médica deveria ser o total contrário. A conduta médica deveria preocupar-se com o bem-estar do paciente, deveria trabalhar com o único propósito de proteger as vidas que são “entregues” nas mãos dos profissionais, é isso que é prometido na formatura, essa é a conduta que o médico deve levar por toda sua carreira.
E MAIS…
Ainda sobre o hospital: é necessária uma boa fiscalização sobre a conduta dos profissionais que têm atendido dentro da entidade. Casos como o da noite de quarta-feira, 4, onde uma enfermeira chamou de fiasco a busca desesperada por atendimento a uma paciente – que, mais tarde, veio a óbito. Ok, sabemos que ela não tinha como saber a gravidade da situação até que a pessoa fosse atendida, porém, não é o tipo de comentário que se espera ouvir de alguém que está ali com o único propósito de salvar as pessoas, de ajudá-las. Há mais do que apenas falta de exames acontecendo de forma errada dentro do hospital e há muito mais a ser averiguado pela Administração Pública que, neste momento, parece estar apática. Não dá para esperar que as bombas estourem para que algo seja feito, algo deve ser feito desde sempre, desde o começo. O hospital não é um lugar qualquer, é a entidade que salva vidas – ou deveria fazê-lo. São vidas humanas, vidas estancienses, que estão em jogo quando o profissionalismo e as boas condições tornam-se dispensáveis como, aparentemente, tem acontecido.
OS CAMINHOS TORTOS
Saindo um pouco do assunto saúde, a rua Portão foi o alvo principal de críticas quanto ao estado de conservação do asfalto, porém, a população estanciense se manifestou e mostrou que não é só essa via que tem pedido ajuda. Estradas ainda mais importantes como a Presidente Vargas têm sofrido com a falta de manutenção e exibem verdadeiras crateras em sua extensão. Ruas paralelas também não escapam dos buracos e ondulações. Sabemos que as obras da Corsan “machucam” muito o asfalto, mas não dá para ficar culpando a empresa por todos os problemas que a cidade vem apresentando. O que precisa – mesmo – é de atenção aos casos e atenção às reclamações.