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Criminosos fortemente armados assaltam bancos e fazem reféns em Criciúma

01/12/2020 - 07h14min

Atualizada em 01/12/2020 - 07h18min

Quadrilha usou reféns para bloquear ruas em Criciúma e bloquear a aproximação da polícia. (Foto: Reprodução / TV Globo)

Santa Catarina – Homens fortemente armados tomaram conta das ruas de Criciúma, no sul de Santa Catarina, no começo da madrugada desta terça-feira (1°). Tiros foram ouvidos por mais de uma hora pelos moradores, e os relatos são de que os criminosos assaltaram bancos na área central e fizeram reféns. Segundo o prefeito Clésio Salvaro, os bandidos estavam posicionados em diversos pontos da cidade. Seriam cerca de 30 homens, divididos em 10 carros.

— Um ataque, uma operação muito bem planejada pelos bandidos. Estão em vários pontos da cidade. Também tentaram obstruir a BR-101, no túnel de Tubarão — disse o prefeito no começo da madrugada.

A Polícia Militar de Criciúma informou que duas pessoas ficaram feridas no ataque, sendo uma delas um soldado da corporação. Ele passou por cirurgia e o estado de saúde dele ainda inspira cuidados.

De acordo com o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, do 9° Batalhão da Polícia Militar, bancos do centro da cidade foram invadidos. O ataque teve fim por volta das 2h.

— Explosões e tiroteios pararam. Os criminosos estão se deslocando em comboio aos arredores da região de Criciúma. Estamos monitorando e vendo de que formas vamos agir. São muitos marginais, estão em torno de 10 carros — disse o major Eduardo Moreno, chefe da Central Regional de Emergência de Criciúma, por volta das 2h30min.

Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Batalhão de Operações Policiais Especiais de Santa Catarina estão envolvidos na operação para capturar os bandidos. Também foi solicitado o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio Grande do Sul e do Batalhão de Choque da Brigada Militar.

— Nossa função, inicialmente, será impedir a entrada dos criminosos aqui no Rio Grande do Sul. Mas pode evoluir — disse o tenente-coronel Cláudio dos Santos Feoli, comandante do Batalhão de Polícia de Choque.

Barulho de tiros

O jornalista Rogério Dimas, morador de um apartamento no sexto andar no centro de Criciúma, ficou assustado ao ouvir tiros no começo da madrugada. Segundo ele, eram disparos feitos para o alto pelos bandidos, para assustar a polícia.

No começo, Dimas não pensou que fosse um assalto, até que fotos e vídeos de criminosos fortemente armados passaram a circular nas redes sociais.

— Foi desesperador. Começamos a ouvir muitos tiros e, de repente, vimos que a situação era mais grave. Foram praticamente duras horas de tiroteio. Eu cheguei a sentar no chão do meu apartamento para me proteger. Começou meia-noite, e ainda agora (2h05min) se ouve alguma coisa. Mas agora acalmou. Nunca vi uma situação dessa — contou Dimas, por telefone.

Cenas do ataque

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram criminosos armados, pessoas sem camisetas sentadas na faixa de pedestre, como se fossem reféns, carros escuros saindo da cidade e, depois, diversas notas de dinheiro espalhadas pelas ruas de Criciúma — e pessoas recolhendo as cédulas.

Quatro pessoas foram detidas por suspeita de recolherem o dinheiro na rua. Com elas, foram encontrados R$ 810 mil.

Nota da Polícia Militar de SC sobre o caso

“Por volta das 23h50 do dia 30 de novembro de 2020, criminosos fazendo uso de armas longas, munições de diferentes calibres, explosivos e coletes balísticos efetuaram um assalto em uma agência bancária de Criciúma, assim como efetuaram diversos disparados na área central e no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). A ação criminosa, resultou em 2 pessoas alvejadas, sendo um deles um policial militar. O policial passou por uma cirurgia e apresenta um quadro de saúde que ainda inspira cuidados.  

A Polícia Militar está empenhada em uma grande operação organizada, para uma pronta resposta nas buscas desses criminosos. O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Coronel Dionei Tonet, determinou o deslocamento de apoio de todas as equipes especializadas da PMSC, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Choque, Batalhão de Aviação, Canil e Polícia Militar Rodoviária Estadual. 

As policias Civil, Rodoviária Federal e Federal, estão atuando também na busca por informações que leve a captura dos criminosos. Todas as equipes de Inteligência das Forças de Segurança Pública também estão atuando em conjunto.

Até o momento, foram presas 4 pessoas que fizeram o recolhimento de parte das cédulas de papel que estavam jogadas ao chão em razão da explosão. Com os conduzidos foram localizados cerca 810 Mil reais.

Denúncias podem ser encaminhadas por meio dos telefones 190, ou pelo 181 da Polícia Civil, aplicativo PMSC Cidadão ou Rede de Vizinhos.”

* Com informações de Gaucha ZH

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