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Superintendente do DNIT RS atualiza situação das obras na BR-116

11/06/2024 - 17h26min

Atualizada em 11/06/2024 - 19h59min

Equipe da Neovia Engenharia trabalha na implantação das caixas de drenagem (FOTO: Geison M. Concencia)

Por Geison M. Concencia

Região – As chuvas de maio deixaram um rastro de destruição sem precedentes no Rio Grande do Sul. Parte desses estragos as principais vias que cortam o Estado, entre elas, a BR-116. Estrada federal, e de competência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), está em fase de execução de obras destinadas e recuperação de trechos impactados por deslizamentos ou queda de pontes.

Um desses locais, fica no KM 232, entre Estância Velha e Ivoti. Há cerca de um mês, com o grande volume de chuvas, parte da via, sentido capital-interior cedeu e interrompeu o trânsito no local. A BR-116 teve seu trânsito interrompido e desviado pela avenida Presidente Lucena, no limite entre os dois municípios.

Posteriormente, a via foi liberada no sistema pare e siga. Atualmente, a ela está liberada, com abertura do acostamento para quem segue no sentido interior-capital, ficando o trecho contrário para quem faz o inverso. Sistema permite o fluxo de veículos, porém, consequentemente, o trânsito fica mais lento.

O superintendente do DNIT no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro, prevê para final de julho a conclusão da obra, que deve receber melhorias para evitar posterior deslizamento. “O primeiro trabalho feito foi a limpeza das vias, para poder visualizar e liberar o tráfego. A velocidade é um pouco menor, consequentemente. Já iniciamos a obra de recuperação definitiva. Essa obra em que estamos recompondo a drenagem, que rompeu os bueiros”

Para evitar que o trecho passe por novos deslizamentos, será feito um aterro de pedra, igual ao feito na Scharlau e Sinos. O material é considerado nobre.

Além do material para aterro, foi instalado caixas de drenagem que servem para diminuir a velocidade da água que desce da tubulação, evitando o rompimento da via. São diversas caixas que vão enchendo e diminuindo a pressão da água. Esta obra deve ficar pronta no final do mês de julho. Em aproximadamente 45 dias de obras está recomposta a via”, completa Pinheiro.

 

Nova estrutura deve amenizar problemas

Novo sistema de drenagem contará com caixas para armazenar água e diminuir velocidade da água (FOTO: Geison Concencia)

A estrutura presente em muitos trechos da BR-116 são antigas, sem um sistema de drenagem eficaz que permite o escoamento da água, sem gerar o desgaste de terra. “Esses novos compostos são de pedras. Além disso, tem novos bueiros e caixas de drenagem para redução da velocidade da água. Nós vamos direcionar a direção da água, evitando a sobreposição dela pela via, que chamamos de “lavar o aterro”.

Ponte provisória entre Caxias e Nova Petrópolis pode ser liberada em junho

Ponte entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul que foi danificada pelas chuvas de maio, no último Dia das Mães

Além do trecho entre Estância Velha e Ivoti, outro trecho que também gera grande impacto na comunidade local, fica entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul. No dia 12 de maio, a ponte sobre o Rio Caí, que liga os dois municípios, cedeu e teve seu trânsito interrompido. Desde as primeiras horas da tarde, surgiram problemas. No final da tarde, ela colapsou.

Para liberar o trânsito no local, está sendo realizado obras na cabeceira da ponte provisória, que será de metal. Ela terá 160 metros em trecho mais curto em relação ao curso do rio, prevista para ser lançada no mês de junho.

O superintendente do DNIT também afirmou que a obra da ponte definitiva já foi contratada. As equipes responsáveis pela nova ponte já estão no local, preparando para demolição da anterior. “Há duas frentes na ponte do Caí. A primeira é a ponte provisória que deve ficar pronta em junho. A segunda, será a nova, em que nosso desafio será construí-la em seis meses. A empresa já está mobilizada e trabalha no local.

“BR-116, uma das rodovias mais antigas de nosso Estado”

A BR-116 foi uma das primeiras rodovias federais. Na época de sua criação, algumas tecnologias existentes hoje, como equipamentos, tecnologias e contenções, eram diferentes. Com os eventos extremos, como os que ocorreram em maio, ela ficou mais suscetível a deslizamentos e quedas de ponte.

O superintendente Pinheiros destaca que há um contrato de projeto para apontar onde estavam os pontos mais sensíveis da rodovia, ou os locais em que não havia contenções adequadas. “Este contrato veio em junho e embasou a contratação que fizemos naquele mesmo mês e em setembro e início de novembro. Naquele momento, já mapeamos que precisavam de contratações, até este evento extremo. Estamos tentando contratar projetos. Mas os fenômenos naturais estão acontecendo com mais frequência. O que fizemos agora, já é adequado a eventos climáticos extremos.

Pinheiros também lembrou que algumas equipes também avaliam pontos que não foram atingidos, ou que não tiveram problemas, mas evitar que tenha algum risco, necessitando trabalhos preventivos. “Um exemplo disso, foram obras que realizamo antes das chuvas que não sofreram nenhum tipo de avaria. Nos pontos onde trabalhamos, estão intactos.”

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