Região
Páscoa está mais cara, mas consumidores voltam a esvaziar as prateleiras

Ivoti – As vésperas da Páscoa, muitas pessoas ser encontram na mesma situação: comprando um ovo, caixa de bombom ou lembrancinha para alguém querido. Por ser um feriado religioso, a celebração movimenta diversos setores da economia, como turismo e o comercio, mas tem um destaque especial quando se fala de chocolate.
Infelizmente, para os amantes do cacau, a Páscoa ficou mais cara. Conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), somente em 2024, o preço dos ovos teve um aumento de 9,5%, e no acumulado dos últimos três anos, o valor assusta mais: o preço subiu 43%.
Apesar do Brasil ser o 6º maior produtor de cacau do mundo, grande parte da matéria prima utilizada na produção do chocolate que consumimos vem de outros países, especialmente da Costa do Marfim e Gana. Nesses locais, as condições climáticas para a plantio e colheita do cacau não têm sido boas, o que encarece o preço da commodity em todo o planeta, resultando numa Páscoa, ironicamente, mais salgada no bolso dos brasileiros.
Na manhã deste sábado (19) , muitos cidadãos se direcionavam ao comercio no centro para comprar, quase que na última hora, os chocolates. Mercados e lojas especializadas no produto estavam cheias. Daniela Weber Hass, de Ivoti, foi uma das clientes de última hora e comprova o resultado exemplificado nas pesquisas.
Deixei pra última hora e acho que me arrependi. Está muito caro, em comparação ao mesmo peso em barra. Eu acho que o preço se manteve o mesmo, mas nos últimos anos está mais caro mesmo. A gente reclama que está caro mas mesmo assim as prateleiras ficam vazias.”
Além dos ovos, diversos clientes também costumam adquirir itens mais econômicos como as caixas de bombom, para driblar o aumento nos preços, mas nem assim escapam. Confme dados da pesquisa “A paixão do brasileiro pelo chocolate”, feita pela Nexus, 75% dos brasileiros optariam por essa mesma estratégia. O chocolate, por si só, teve um aumento de 27% neste ano, e as caixas de bombom encareceram cerca de 13,5%.
No geral, mesmo com o aumento de preços, a maior parte da população continuará adquirindo produtos de chocolate, como pode ser visto nas prateleiras, estandes e parreiras.