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Comunidade do Lago Azul se une em prol de médico comunitário

11/03/2024 - 09h37min

Atualizada em 11/03/2024 - 09h58min

Por Geison Concencia

Estância Velha – Os moradores do bairro Lago Azul realizaram na tarde de domingo uma manifestação na Praça do Lago Azul, em prol do médico da UBS local Almi Magalhães. O profissional que trabalha desde 2021 na unidade, afastou-se temporariamente do trabalho para tratamento médico. Segundo Magalhães, o motivo seria uma injusta acusação de maus-tratos contra pessoa idosa.

O Ministério Público A Prefeitura e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS) abriram uma sindicância para apurar informações de uma denúncia anônima de maus tratos por parte de Magalhães, baseadas nas denúncias do Ministério Público. O médico se defende e disse que sempre tratou muito bem seus pacientes.

“Foi feito uma denúncia anônima dizendo que eu maltratava meus pacientes. Em resumo, que eu era um mal médico. Isso foi a primeira denúncia. A partir do momento que eu recebi, marquei um horário com o secretário de Saúde e fui conversar com ele sobre o fato, porque essa denúncia foi do Ministério Público e o promotor mandou à Prefeitura. Então, no caso, o promotor cobrou ações aqui do Executivo, que abriu uma sindicância para poder investigar e averiguar os fatos. Um mês depois, teve outra denúncia, mais ou menos parecida, mas com outras coisas insinuações”, defendeu Magalhães.

Traumatizado com as acusações, Magalhães disse que está realizando um tratamento médico, e teve que se afastar da unidade que trabalha. Por conta disso, surgiram insinuações de que a Prefeitura teria afastado o profissional. Em contrapartida, eles realizaram uma manifestação pela permanência do médico. Além disso, aproveitaram para fazer uma baixo assinado por um dentista.

“Não estou afastado, estou de atestado médico justamente por toda dessa confusão. Não estou em um momento muito bom, por conta de toda essa situação estressante. Quero que acelere essa sindicância, para voltar logo, provar minha inocência e poder tocar minha vida”, disse Magalhães

Magalhães também esteve presente no movimento encabeçado pelos moradores, e foi recebido com muitos abraços. “Os meus advogado são eles. Se fosse um médico que mal trata as crianças e os idosos, não teria tantas pessoas. A resposta o povo está dando. São denúncias esdrúxulas”, comenta Magalhães.

Comunidade defende a idoneidade do médico

Uma das organizadoras do movimento, Clarivani Aparecida Amaral, relatou que já procurou a Prefeitura para defender Magalhães. “Buscamos a secretaria da Saúde e pedimos para ele permanecer na comunidade. Ele é um médico excelente. Tanto os idosos quanto as pessoas mais novas adoram ele. Nós amamos o doutor. Nossa solicitação é para ele retor. E o dentista é uma carência que nós temos”, comentou Clarivani.

Outra moradora que estava presente no movimento, era Vera Lúcia Halmenschlager (68). “Quero muito, não só eu, mas todo esse povo que está aqui. Ele faz por nós o que nenhum outro médico já fez. Não é só um médico, mas também um amigo. Consultar com ele é o meso que uma consulta particular. O doutor explica, conversa. E se tu ainda não entendeu, repete a explicação”, relata Vera.

A Prefeitura ficou sabendo da denúncia anônima e da manifestação. Até o momento do fechamento desta edição, não ocorreu um posicionamento oficial, que aguarda análise.

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