Marlei disputará a 38ª Maratona de Porto Alegre neste domingo

Por Cleiton Zimer

Morro Reuter – Neste domingo (4) acontece a 38ª Maratona de Porto Alegre e, a torcida da região, estará voltada para a atleta de Morro Reuter, Marlei Willers, 45 anos, que está embarcando no seu quarto desafio de 42 quilômetros.

O primeiro foi da Fila (28/8/22) com estreia no lugar mais alto do pódio; depois foi campeã de elite em Curitiba (20/11/22); e, por último, ficou como melhor brasileira e segunda colocada geral da 27ª Maratona Internacional de São Paulo (2/4/23).

Mas mesmo antes disso [desde 2017] já soma diversos troféus em inúmeras competições por todo o país e fora também. São em torno de 70, das quais só não subiu ao pódio em uma e outra. Por esse motivo, Preta (como é chamada), é conhecida como o raio da Serra Gaúcha – e, como se não bastasse, ainda é empresária atuante no empreendimento que fundou, a Preta Pastas.

Foco e preparação

Marlei conta que está indo confiante para a competição, e que, o que acontecerá domingo, será somente a consolidação do trabalho árduo dos últimos meses – junto de toda a equipe de preparação. “Já em dezembro defini meu primeiro semestre, que seria a prova de São Paulo e de Porto Alegre. Então desde janeiro o foco total foi em cima disso.”

Foram muitas horas de treino, diversos quilômetros pelas ruas de Dois Irmãos e Morro Reuter com entrega e aprendizado – inclusive, com requinte de dificuldade diante do calor dos primeiros meses. “Sofri bastante. São adaptações novas que o corpo e a mente enfrentam, com alimentação e descanso. Graças a Deus os treinamentos foram sem lesão; tive altos e baixos, mas sempre fluiu”.

A maior honra: disputar em casa

Preta esperou muito por esse dia, de poder correr em casa, representar a torcida, a força do interior e do atleta amador. “Por mais que esteja no pelotão de elite, sou uma atleta amadora. E poder estar lá, largar entre as melhores, é muito grandioso para mim, já me sinto uma vencedora por isso.”

Marlei diz que, dentro das suas limitações e de sua realidade, sempre buscou dar o melhor. “Então acho que quando sabemos que entregamos tudo o que podíamos neste processo de treinamento, a gente já se sente vitorioso. A prova é só o momento em que se consagra tudo o que já se fez. Então podem aguardar aí que, com certeza, se tudo fluir dentro do programado, será uma grande prova não só para mim, mas para o atletismo gaúcho, para a corrida de rua, e a representatividade que tenho no esporte na nossa região e no Estado.”