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Funeral de general iraniano é alvo de protestos contra os EUA
Dezenas de milhares de pessoas protestaram contra os EUA neste sábado, 4, durante o funeral do general iraniano Qassim Suleimani , morto em operação militar americana na última sexta-feira. Sob gritos de “morte aos EUA” e pedidos de vingança imediata, uma multidão partiu em marcha pelas ruas da de Bagdá, carregando caixões em um trajeto feito com segurança redobrada.
As vítimas foram mortas em um ataque a míssil ordenado por Washington contra um aeroporto de Bagdá, em uma ação que desencadeou uma crise na região. Os temores de um novo conflito global aumentaram ainda mais após Gholamali Abuhamzeh, um dos comandantes da Guarda Revolucionária do Irã, ameaçar realizar um ataque contra o estreito de Hormuz, região por onde passa parte da produção mundial de petróleo.
Além de Suleimani, principal comandante militar do Irã e responsável por liderar as articulações secretas do país no Oriente Médio, também foi atingido no bombardeio Abu Mehdi Al Muhandis, líder de uma milícia iraquiana pró-Teerã, entre outros.
Desde o anúncio das mortes, milhares de pessoas têm realizado protestos em vários países da região, mas a manifestação deste sábado é a maior até agora, com presença da elite política iraquiana.
O primeiro-ministro do país, Adel Abdel Mahdi participou da marcha, assim como Hadi Al Ameri, chefe das forças pró-iranianas no parlamento iraquiano, o ex-remiê Nuri Al Maliki, além de chefes de facções xiitas.
Os corpos dos iraquianos mortos serão transferidos para Kerbala e Najaf, duas cidades sagradas xiitas ao sul da capital. Já o corpo de Suleimani será transferido para o Irã, onde ele será sepultado na terça-feira (7), após três dias de homenagens, em sua cidade natal, Kerman.
Pouco antes da manifestação, um outro ataque aconteceu na região norte de Bagdá, contra um comboio da Hashd Al Shaabi, uma coalizão paramilitar pró-Irã que integra as forças de segurança do Iraque.
A milícia disse que há mortos e feridos e acusou os Estados Unidos pelo ataque. O país ainda não respondeu.
Créd. Folhapress