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“Trabalho da Saúde na região de vocês está sendo bem feito”, diz coordenador da Fiocruz

20/07/2020 - 13h32min

Christovam Barcellos, coordenador da ferramenta MonitoraCovid-19, da Fiocruz (Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Região/País – Os municípios da região da Encosta da Serra estão conseguindo controlar bem a situação da Covid-19, afirma o coordenador da plataforma MonitoraCovid-19, da Fiocruz, do Rio de Janeiro. Christovam Barcellos, também vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (ICICT), teve acesso à reportagem do Diário publicada na sexta-feira.

O ICICT é o instituto autor da MonitoraCovid-19, utilizada na ocasião para mostrar a baixa taxa de letalidade do coronavírus nos municípios da região. A pedido da reportagem, ele analisou os dados trazidos pelo Diário. “Em todos eles, a taxa está razoavelmente baixa, então podemos dizer que o trabalho do setor de saúde está sendo bem-feito, é uma grande vantagem”.

A taxa de letalidade média no Brasil, conforme ele, gira em torno de 5%, com pequena margem de erro. Em Ivoti, o Diário mostrou que atualmente ela está por volta de 2,04, em Dois Irmãos é 3,49, em Estância Velha é 3,60, e em Nova Petrópolis, 4,17. O número, porém, é móvel, e depende da relação entre os óbitos causados pela Covid-19 e os casos confirmados.

Se o número de confirmações aumenta e o de mortes se mantém estável, a taxa de letalidade diminui, em razão de haver mais recuperados. Para haver mais confirmações, e por consequência uma taxa menor, é necessário mais testes. “Parece que aumentaram as testagens aí, porque a letalidade caiu. Os municípios estão também conseguindo notificar de forma adequada”.

Tendência de crescimento nos casos

O coordenador da plataforma, contudo, afirma que o dado não pode ser comemorado sozinho. “É importante perceber que há uma tendência crescente e atual do aumento de confirmações positivas. Analisando esta região, quase todos eles tiveram uma disparada em casos a partir de junho. Somente Nordeste, Norte e parte do Sudeste do Brasil tiveram aumento em abril e maio”.

Barcellos, portanto, faz um alerta. “O vírus está circulando ainda aí, e as pessoas precisam ser testadas. Precisamos também conseguir identificar onde estão os casos mais graves e encaminhá-los, caso necessário, para internação. Embora tenha que haver um cuidado grande, especialmente na atenção básica, é muito importante olhar a taxa de letalidade de forma permanente”.

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